Publicado 20/12/2025 22:08

Chefes de governo do Mercosul expressam decepção com o bloqueio do acordo com a UE

Cúpula do Mercosul em Foz do Iguaçu (Brasil).
MERCOSUR

MADRID 21 dez. (EUROPA PRESS) -

Os chefes de governo dos países que compõem o Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - expressaram seu desapontamento em uma declaração conjunta por não terem conseguido chegar a um pacto que colocaria em andamento o acordo de livre comércio com a União Europeia, após o anúncio da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de adiar a assinatura do acordo devido a divergências com alguns parceiros europeus.

"Eles (os chefes de governo do Mercosul) expressaram sua decepção com a não assinatura do Acordo de Associação Mercosul-UE, prevista para a ocasião, devido à falta de consenso político sobre o Acordo nos órgãos da Comunidade Europeia", diz a declaração conjunta emitida na cúpula do Mercosul em Foz de Iguaçu (Brasil), onde estava prevista a assinatura do acordo.

Também indicaram que o texto é o resultado de um "equilíbrio cuidadosamente alcançado após 26 anos de negociações" e que sua assinatura enviaria um "sinal positivo" ao restante dos países "na atual situação internacional", o que significaria um impulso às políticas de integração de ambos os blocos.

Os países membros enfatizaram que estão confiantes de que a UE será capaz de finalizar seus "procedimentos internos" para facilitar a assinatura do acordo, com o objetivo de definir uma data para sua conclusão.

Nessa cúpula, o Brasil entregou a presidência rotativa ao Paraguai, uma mudança que ocorre a cada seis meses. Dessa forma, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, não conseguiu colocar o acordo comercial em andamento sob sua liderança, apesar de esse ser um de seus principais objetivos.

Von der Leyen informou aos chefes de estado e de governo reunidos em uma cúpula em Bruxelas na quinta-feira que a assinatura do acordo de livre comércio com o Mercosul não ocorreria neste sábado, mas seria adiada para janeiro próximo, em uma data ainda a ser determinada.

Para que essa assinatura fosse possível e, portanto, permitisse que entrasse em vigor provisoriamente até a conclusão do processo completo de ratificação, von der Leyen precisava de um mandato da UE-27, a ser adotado por uma maioria qualificada dos estados-membros.

Alguns dos parceiros da UE, como a Itália e a França, expressaram dúvidas, o que levou ao adiamento da assinatura do acordo em meio a protestos de milhares de agricultores em Bruxelas nesta semana sobre o impacto da entrada em vigor do acordo.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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