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Sirski também fala de avanços no norte de Pokrovsk após uma série de "contra-ofensivas" contra os avanços das forças russas.
MADRID, 17 dez. (EUROPA PRESS) -
O chefe do exército ucraniano, Oleksander Sirski, disse na quarta-feira que as tropas ucranianas recapturaram "quase 90%" da cidade de Kupiansk, dias depois que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky visitou a cidade para negar as alegações de Moscou de que ela havia caído em mãos russas.
"Graças ao ataque ativo e às operações de análise, conseguimos expulsar os ocupantes de Kupiansk e assumir o controle de quase 90% do território da cidade", disse Sirsky em uma mensagem publicada em sua conta no Telegram.
Zelensky visitou a cidade na província de Kharkiv em 12 de dezembro, onde enfatizou que "alcançar resultados na linha de frente é crucial para alcançar resultados na diplomacia", em meio a contatos para tentar concluir um acordo de paz com a Rússia.
Kharkov é uma das províncias parcialmente ocupadas pela Rússia na sequência da invasão desencadeada em fevereiro de 2022 por ordem do presidente russo Vladimir Putin, sendo Kupiansk uma das principais possessões de Moscou na região, que chegou a anunciar em 20 de novembro a tomada da cidade.
No entanto, Sirski ressaltou que a situação na linha de frente "continua difícil" e detalhou que "o inimigo aumentou o número de tropas para cerca de 710.000". "Apesar de sofrer perdas significativas, o exército russo não se recusa a continuar a realizar ações ofensivas, apesar da falta de progresso significativo", argumentou.
Sirski deu como exemplo a situação em Pokrovsk, "que o inimigo vem tentando tomar por mais de 17 meses", antes de enfatizar que as forças ucranianas conseguiram "recuperar o controle de mais de 16 quilômetros quadrados no norte após uma série de operações de contraofensiva".
A inteligência britânica disse, no início de dezembro, que as alegações russas de que a cidade ucraniana de Pokrovsk, na província de Donetsk, que é de importância fundamental para a Ucrânia, havia sido tomada são "quase certamente imprecisas", uma vez que as forças ucranianas mantiveram uma presença em seu norte.
Além disso, Sirski insistiu que "a Ucrânia está aumentando sistematicamente a pressão sobre o inimigo nas profundezas de seu território" com ataques à "infraestrutura crítica", ao mesmo tempo em que argumentou que o "apoio externo" a Kiev "é de importância vital para deter o agressor russo e garantir a segurança dos países europeus".
"Portanto, pedimos aos parceiros que aumentem o volume da assistência militar internacional, especialmente para o desenvolvimento de capacidades de defesa aérea e de mísseis, bem como para operações de longo alcance", disse ele, antes de agradecer aos parceiros por sua "solidariedade, apoio político consistente e assistência militar à Ucrânia".
A Rússia fez progressos nos últimos meses na Ucrânia, com o epicentro do progresso em Donetsk. Moscou anexou as províncias parcialmente ocupadas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporiyia em setembro de 2022, enquanto também conseguiu penetrar em Kharkov, Sumi e Dnipropetrovsk, além de anexar a península da Crimeia em 2014.
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