MADRID 11 abr. (EUROPA PRESS) -
A queda do regime de Bashar al-Assad na Síria fez com que cerca de 400 mil refugiados retornassem ao seu país em apenas quatro meses, de acordo com estimativas da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que alertou sobre as necessidades de um grupo particularmente vulnerável.
Além desse retorno maciço dos países vizinhos, um milhão de pessoas deslocadas internamente também retornaram aos seus locais de origem na Síria, e a porta-voz do ACNUR, Céline Schmitt, alertou na sexta-feira que a mobilidade deve aumentar no verão, quando o ano letivo terminar.
"Para que esses retornos sejam bem-sucedidos e sustentáveis, a Síria precisará de ajuda com abrigo, meios de subsistência, proteção e assistência jurídica", disse a agência da ONU, que teme que alguns dos que desejam retornar reconsiderem ou que os que já retornaram "partam novamente". O número de pessoas deslocadas internamente ainda é de 7,4 milhões.
O ACNUR está oferecendo assistência a essas populações, mas Schmitt advertiu, durante uma apresentação em Genebra, que "cortes severos de financiamento" colocam "milhões de vidas em risco". Atualmente, cerca de 16,7 milhões de pessoas, cerca de 90% da população da Síria, precisam de assistência humanitária.
No entanto, dos US$ 575 milhões (cerca de 506 milhões de euros) solicitados para este ano, o ACNUR recebeu apenas US$ 71 milhões, o que já se refletiu em um corte de 30% nos níveis de pessoal na Síria e no fechamento de quase metade dos 122 centros locais apoiados pela organização antes do verão.
"Somos gratos pelo apoio que os doadores tradicionais têm dado por tantos anos às nossas operações na Síria. Agora estamos pedindo a eles que façam um esforço extra, apesar dos desafios econômicos globais", disse Schmitt, que pediu a eles que "não percam essa oportunidade histórica" de ajudar um país a se recuperar 14 anos após o início da guerra.
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