MADRID 1 nov. (EUROPA PRESS) -
A Casa Branca informou nesta sexta-feira que a imprensa terá acesso restrito à chamada Sala 140 da Ala Oeste do edifício governamental que fica ao lado do Salão Oval, para o qual será necessário um "agendamento prévio" que deve ser aprovado pelos responsáveis pela comunicação do Governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A mudança na política de acesso dos jornalistas é justificada, segundo a Casa Branca, por motivos de segurança. Eles alegam que a equipe de comunicação "lida rotineiramente com informações confidenciais" porque agora também lidam com informações relacionadas à segurança nacional.
"Para proteger essas informações e manter a coordenação entre a equipe do Conselho de Segurança Nacional e a equipe de comunicações da Casa Branca, os membros da imprensa não têm mais permissão para acessar a Sala 140 sem autorização prévia, mediante agendamento com um membro autorizado da equipe da Casa Branca", disseram as autoridades americanas em um comunicado.
Assim, os jornalistas terão que passar por uma etapa extra, que pode até ser negada, para obter acesso a pessoas como o diretor de comunicações da Casa Branca, Steven Cheung, ou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, que são chamados de "imprensa sênior".
Essa nova repressão à imprensa se soma à repressão à política de mídia do Pentágono promulgada pelo Secretário de Defesa Pete Hegseth. De acordo com as novas normas implementadas em meados de outubro, os jornalistas podem ser considerados "um risco à segurança" pelo simples fato de solicitarem informações confidenciais ao pessoal do Departamento de Defesa, uma atividade frequente na ausência de reuniões de imprensa de rotina.
Os repórteres da grande maioria dos meios de comunicação se recusaram a aderir à política - meios como ABC News, NBC News, CBS News, CNN, Associated Press, Reuters e Bloomberg - de modo que nenhum dos principais jornais ou redes de televisão tem presença permanente no Pentágono.
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