Publicado 21/12/2025 05:42

A Casa Branca defende a batida no 'Centuries' por transportar "petróleo sob sanções".

Helicópteros militares dos EUA se preparam para abordar o petroleiro "Centuries" na Venezuela
DEPARTAMENTO DE SEGURIDAD NACIONAL DE EEUU

O navio-tanque, invadido perto da Venezuela, não está na lista de navios sancionados pelo Tesouro dos EUA.

MADRI, 21 dez. (EUROPA PRESS) - A Casa Branca garantiu neste domingo que a batida realizada na tarde de ontem pela Guarda Costeira dos EUA no petroleiro 'Centuries', perto da Venezuela, está dentro da lei, apesar de o navio não constar na lista de embarcações sancionadas pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro.

A porta-voz adjunta da Casa Branca, Anna Kelly, indicou que o navio-tanque "estava transportando petróleo da PDVSA sob sanções" (a empresa estatal de petróleo da Venezuela, Petróleos de Venezuela) e que "é uma embarcação de bandeira falsa que operava como parte da frota fantasma da Venezuela para traficar petróleo bruto roubado e financiar o regime narcoterrorista" do presidente venezuelano Nicolás Maduro.

Kelly publicou essa mensagem no X para responder a uma série de reportagens do 'New York Times' e do 'Washington Post' que questionavam a legalidade da operação. O "Centuries", segundo fontes do jornal nova-iorquino, pertence a um comerciante com sede na China, especializado na transferência de petróleo bruto da Venezuela para refinarias do gigante asiático.

Além disso, o navio tem bandeira panamenha, ao contrário do petroleiro "Skipper", abordado pelos EUA em 10 de dezembro, que havia sido sancionado pelo Tesouro e que, além disso, navegava sob uma bandeira falsa da Guiana, conforme indicaram as autoridades. Para complicar ainda mais a situação, fontes oficiais confirmaram ao New York Times que a guarda costeira não tinha um mandado de busca para entrar no Centuries e investigar sua carga, como foi o caso do Skipper.

Dadas essas circunstâncias, fontes oficiais dos EUA explicaram ao Washington Post, sob condição de anonimato, que a abordagem pela Guarda Costeira dos EUA está, na verdade, coberta por uma lei marítima conhecida como "direitos de visita", segundo a qual um navio de guerra pode inspecionar uma embarcação por mera suspeita de que ela esteja envolvida em atividades ilegais.

Por todas essas razões, o governo venezuelano condenou a incursão diretamente como um "roubo" de seus bens e um "sequestro" acompanhado do "desaparecimento forçado de sua tripulação, cometido por militares dos Estados Unidos da América em águas internacionais", diz a declaração emitida pelo governo de Nicolás Maduro.

As autoridades venezuelanas descreveram esse novo confisco como "pirataria", que, na opinião de Caracas, viola várias normas do direito internacional e representa um "flagrante cometimento" de um "crime".

O governo venezuelano "tomará todas as medidas apropriadas" para garantir que esses atos não fiquem "impunes", incluindo a apresentação de uma queixa ao Conselho de Segurança das Nações Unidas e a outros órgãos internacionais.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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