MADRID 21 nov. (EUROPA PRESS) -
A Casa Branca sinalizou na quinta-feira sua intenção de adotar "medidas adicionais" para combater o narcotráfico do outro lado de sua fronteira sul, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse dias atrás que ficaria "orgulhoso" de ordenar ataques contra narcotraficantes no México e apesar de sua homóloga mexicana, Claudia Sheinbaum, ter assegurado que não "permitirá" intervenções militares de nenhum governo estrangeiro.
"O presidente está muito interessado em tomar medidas adicionais contra os cartéis de drogas. Ele tem sido muito claro sobre isso", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em uma coletiva de imprensa, indicando que elas estão "sob constante revisão" por sua equipe de segurança nacional.
Leavitt justificou o interesse do presidente dos EUA na questão dizendo que "ele prometeu" durante a campanha eleitoral confrontar os cartéis e elogiou suas "medidas sem precedentes" nesse sentido. "E ele deixou na mesa outras opções que ainda estão disponíveis para ele", acrescentou, sem dar mais detalhes.
No entanto, a porta-voz elogiou os "avanços históricos" de Sheinbaum e comemorou o fato de a presidente mexicana e seu gabinete "terem cooperado enormemente com os esforços do presidente Trump em nossa fronteira sul para combater a imigração ilegal e o tráfico de drogas".
O líder latino-americano afirmou esta semana que "não aceitamos intervenções de nenhum governo estrangeiro". "Isso não vai acontecer (...). Não vamos permitir", garantiu ela em uma coletiva de imprensa, enfatizando que Washington só interviria se ela pedisse.
Dias antes, o magnata de Nova York disse que teria "orgulho" de ordenar ataques contra supostos traficantes de drogas no país vizinho, como parte do destacamento militar dos EUA na região. Em seus mais de 20 ataques ordenados desde setembro passado contra supostos traficantes de drogas nas águas do Caribe e do Pacífico, 83 pessoas foram mortas, de acordo com uma contagem baseada em comunicados oficiais.
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