Europa Press/Contacto/Christopher Katsarov
MADRID 26 abr. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro do Canadá e candidato às eleições pelo Partido Liberal, Mark Carney, pediu a Israel que permita que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) opere em Gaza, enfatizando que a comida não deve ser usada como uma "ferramenta política", e prometeu um adicional de 100 milhões de dólares (87,68 milhões de euros) para apoiar o trabalho humanitário da ONU no enclave palestino.
O próprio Carney fez o anúncio, por meio da rede social X, horas depois que a agência da ONU anunciou que havia esgotado suas reservas de alimentos devido ao prolongado bloqueio israelense.
O primeiro-ministro canadense insistiu que o Programa Mundial de Alimentos deve ter permissão para retomar seu trabalho de salvar vidas, argumentando que "os civis palestinos não devem sofrer as consequências dos crimes terroristas do Hamas".
"Continuaremos a trabalhar com nossos aliados para conseguir um cessar-fogo permanente e o retorno imediato de todos os reféns", acrescentou Carney, insistindo no respeito à lei internacional.
O WFP anunciou na sexta-feira que esgotou todos os seus estoques de alimentos para as famílias na Faixa de Gaza, após mais de 50 dias de bloqueio de Israel à entrada de ajuda humanitária no enclave, que está sob uma nova ofensiva militar desde 18 de março, depois que as tropas israelenses romperam um cessar-fogo de janeiro com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
De acordo com a agência da ONU, "nenhum suprimento humanitário ou comercial entrou em Gaza por mais de sete semanas, já que todas as principais passagens de fronteira permanecem fechadas", no que é "o mais longo fechamento que a Faixa de Gaza já enfrentou, afetando mercados e sistemas alimentares já frágeis".
Essa situação fez com que "os preços dos alimentos subissem até 1.400% em comparação com o que eram durante o cessar-fogo", acrescentou o PMA, alertando que "a Faixa de Gaza mais uma vez chegou a um ponto crítico".
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático