Publicado 06/05/2025 14:04

Carney defende que o Canadá "não está à venda" para Trump em sua primeira reunião na Casa Branca

6 de maio de 2025, Washington, Distrito de Columbia, EUA: O presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump, recebe o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, na Casa Branca, em Washington, DC, em 6 de maio de 2025
Europa Press/Contacto/Chris Kleponis

"Nunca diga nunca", responde o presidente dos EUA

MADRID, 6 maio (EUROPA PRESS) -

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, defendeu nesta terça-feira que o país "não está à venda" na esperada primeira reunião na Casa Branca com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que apesar de inicialmente resistir à ideia de enterrar suas ideias de soberania - "nunca diga nunca", disse - também assumiu que "são necessários dois para dançar o tango".

A reunião deve ser um novo começo nas relações bilaterais após as explosões públicas de Trump em relação ao seu vizinho do norte e as recentes eleições no Canadá, das quais Carney e seu Partido Liberal saíram vitoriosos.

Pouco antes de abrir as portas da Casa Branca, o presidente dos EUA questionou novamente nas mídias sociais os supostos "subsídios" fornecidos ao Canadá e o fato de o país ter recebido "proteção militar gratuita". "Não precisamos de nada do que eles têm", proclamou ele no Truth Social, fazendo alusão a questões específicas, como a fabricação de veículos ou o fornecimento de energia.

No entanto, já na frente de Carney e das câmeras, Trump tentou baixar o tom e defendeu a manutenção de relações de "amizade", apesar de possíveis desentendimentos. "Quero ser amigo do Canadá", disse, voltando a acenar com a hipótese do "51º estado" para defender as "muitas vantagens" que tal aliança traria.

Trump apelou para sua experiência no setor imobiliário, um desafio que Carney pegou para apontar que, como acontece no mercado imobiliário, há terrenos que não estão à venda. "Não está à venda e nunca estará. Nunca", disse o líder canadense.

ACORDO COMERCIAL

Os derivados econômicos e comerciais marcam amplamente esse primeiro encontro entre os líderes, mas Trump já deixou claro às perguntas dos jornalistas que nada do que Carney possa dizer nesta terça-feira pode ser traduzido em uma revisão da política tarifária. "É o que é", argumentou ele.

Também está no ar o futuro do acordo comercial assinado pelos Estados Unidos, Canadá e México justamente durante o primeiro mandato de Trump e que expira, se não houver mudanças, em 2026. O presidente dos EUA se perguntou "se é mesmo necessário" prorrogá-lo, embora continue a defender que "é um bom negócio para todos".

De acordo com Carney, ele pode servir "como base para uma negociação mais ampla, já que "algumas coisas terão que mudar".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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