Publicado 10/12/2025 03:29

Câmara dos Deputados do Brasil aprova texto que reduz a pena de prisão de Bolsonaro para mais de dois anos

7 de dezembro de 2025, São Paulo, Sp, Brasil: Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro protestam contra sua prisão em São Paulo, em 07 de dezembro de 2025. Os advogados do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, entraram com um novo recurso em 28 de no
Europa Press/Contacto/Cris Faga

O projeto de lei, que será submetido à votação no Senado, beneficia o líder da extrema direita.

A defesa do ex-presidente pede sua saída para se submeter a uma cirurgia de soluços

MADRID, 10 dez. (EUROPA PRESS) -

A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou na quarta-feira um projeto de lei que substitui a anistia ampla com penas reduzidas para os condenados pela tentativa de golpe contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em janeiro de 2023, incluindo seu antecessor, Jair Bolsonaro, que poderia ver sua sentença reduzida de quase sete anos para pouco mais de dois anos em confinamento solitário.

A iniciativa, que ainda precisa da aprovação do Senado, recebeu 291 votos a favor e 148 contra. O texto modifica partes da Lei de Execução Penal e do Código Penal, embora o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), o condutor do projeto, tenha garantido que ele "trata apenas do dia 8 de janeiro, não há possibilidade de beneficiar o crime comum".

A medida foi apoiada pelo Partido Liberal de Bolsonaro - cuja sentença de 27 anos e três meses inclui quase sete anos em confinamento solitário, que seriam reduzidos para dois anos e quatro meses - apesar de ter insistido em um perdão total para o líder de extrema direita, enquanto foi contestada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula.

A votação ocorreu nas primeiras horas da manhã, após uma sessão agitada que terminou com o afastamento forçado do deputado Glauber Braga, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), que ocupou a cadeira da Presidência da Câmara dos Deputados em protesto contra o agendamento de um processo que revogaria seu mandato, bem como o de outros deputados. O motivo é um incidente ocorrido em 2024, no qual ele empurrou e chutou um ativista de direita que o perseguia na cadeira parlamentar.

Por outro lado, a defesa de Jair Bolsonaro pediu ao Supremo Tribunal Federal sua saída imediata da prisão para que ele possa se submeter a uma cirurgia que exigiria sua posterior prisão domiciliar humanitária, de acordo com um documento publicado pelo 'Globo'.

"De acordo com as informações prestadas pelo médico responsável por seu tratamento, o ex-presidente necessita ser submetido a uma cirurgia tanto para tratar os soluços, consequência das cirurgias já registradas neste processo, quanto em razão do agravamento do diagnóstico de hérnia inguinal unilateral, que também indica a necessidade de cirurgia", argumentaram seus advogados, apontando a necessidade de Bolsonaro ser internado "imediatamente por cinco a sete dias".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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