MADRID 8 jun. (EUROPA PRESS) -
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, exigiu que a União Europeia se abstenha de comentar sobre sua lei de agentes estrangeiros, que adiciona um imposto de 30% para ONGs sobre doações recebidas do exterior.
Em uma declaração emitida no final do sábado, a UE lamentou a adoção dessa legislação, "que contraria as obrigações de El Salvador sob o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos" e "corre o risco de restringir o acesso dos atores da sociedade civil ao financiamento, que é essencial para seu funcionamento e vital para qualquer democracia saudável".
Além disso, a UE expressou sua preocupação "com as recentes prisões de defensores dos direitos humanos" em El Salvador, um país sob um regime excepcional defendido por Bukele para reduzir drasticamente a criminalidade.
Bukele, que está em seu sexto ano de mandato, contrariando a constituição, disse no início desta semana que a lei de agentes estrangeiros serve "para proteger a cooperação internacional" e destacou que a maioria dos países desenvolvidos proíbe a interferência estrangeira. "Há organizações que dizem que estão vindo para ajudar e na verdade estão vindo para fazer política", disse ele.
A reação de Bukele foi rápida. O presidente salvadorenho, em sua conta no X, lamentou que um "bloco envelhecido, excessivamente regulamentado e dependente de energia, atrasado em tecnologia e liderado por burocratas não eleitos, continue insistindo em dar lições ao resto do mundo".
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