MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente de El Salvador, Nayib Bukele, rejeitou na quinta-feira as acusações feitas no dia anterior por Kilmar Ábrego García, que alegou ter sido vítima de violência física e psicológica no Centro de Confinamento de Terrorismo (CECOT) do país latino-americano, onde ficou internado depois de ser deportado dos Estados Unidos.
O presidente indicou em sua conta na rede social X que Ábrego "não foi torturado, nem perdeu peso", mas que "engordou durante sua detenção". "Há muitas imagens de diferentes dias, incluindo sua reunião com o senador (dos EUA) Van Hollen, que confirmou que o homem parecia estar bem", disse ele em uma publicação acompanhada de um vídeo no qual o salvadorenho supostamente aparece na prisão.
"Se ele foi torturado, privado de sono e passou fome até a morte, por que ele parece tão bem em todas as fotos? Por que ele engordou? Por que ele não tem hematomas e olheiras?
Na mesma mensagem, Bukele criticou a cobertura da mídia sobre a denúncia de Abrego. "Parece que tudo o que um criminoso diz é aceito como verdade pela grande mídia e pelo sistema judicial ocidental em ruínas", disse ele.
Essas declarações foram feitas depois que a defesa de Ábrego apresentou uma petição no Tribunal Federal de Maryland, nos Estados Unidos, denunciando as condições que Ábrego supostamente sofreu na macroprisão salvadorenha, incluindo espancamentos, privação do senhor, alimentação inadequada e tortura psicológica.
No documento, os advogados pediram à juíza Paula Xinis - que em abril emitiu a ordem inicial instando o governo de Donald Trump a facilitar a libertação de Ábrego - que "tome todas as medidas" para devolvê-lo ao estado em que se encontrava antes de ser "indevidamente enviado a El Salvador".
Eles também solicitaram que Abrego, que permanece sob custódia das autoridades norte-americanas, não seja enviado ao país centro-americano "ou a um terceiro país que o enviará ou poderá enviá-lo a El Salvador sem aviso prévio e uma oportunidade de ser ouvido".
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