BRUXELAS 14 abr. (EUROPA PRESS) -
A Comissão Europeia propôs na segunda-feira um pacote de ajuda de 1,6 bilhão de euros para a Palestina até 2027, a ser canalizado através da Autoridade Palestina e destinado a estabilizar Gaza e a Cisjordânia após o impacto da guerra lançada por Israel após os ataques sem precedentes do Hamas em outubro de 2023.
"Estamos intensificando nosso apoio ao povo palestino. 1,6 bilhão de euros até 2027 ajudará a estabilizar a Cisjordânia e Gaza", disse a Alta Representante da UE para Política Externa, Kaja Kallas, em uma mensagem nas mídias sociais, horas antes da primeira reunião do diálogo político de alto nível com a Palestina.
Com essa reunião em Luxemburgo, da qual participou o primeiro-ministro palestino, Mohamad Mustafa, a UE está exaltando as relações com a Autoridade Palestina, colocando-a no mesmo nível de um terceiro país.
O ex-primeiro-ministro da Estônia destacou que a UE é o principal apoiador da Autoridade Palestina e investirá em "infraestrutura essencial", ao mesmo tempo em que reforça a ajuda humanitária e o apoio aos refugiados.
APOIO DIRETO E FUNDOS PARA A UNRWA
Em uma declaração, o executivo europeu disse que a proposta mostra o apoio inabalável ao povo palestino e o compromisso da Europa com uma paz duradoura na região baseada em uma solução de dois Estados.
A iniciativa até 2027 incluirá 620 milhões de euros em apoio direto ao orçamento da Autoridade Palestina para cobrir as necessidades da administração pública e financiar serviços públicos para a população da Cisjordânia.
Esses fundos, que estão acima das alocações anteriores da UE, estão vinculados a uma série de reformas relacionadas à governança democrática, sustentabilidade fiscal, desenvolvimento do setor público e infraestrutura pública, uma série de medidas já identificadas pela UE e pela Autoridade Palestina em um trabalho conjunto no final do ano passado.
Além disso, o pacote contém apoio no valor de 576 milhões para projetos concretos para fortalecer a recuperação econômica e a resiliência na Cisjordânia e em Gaza, onde a situação no local permitir. Em particular, a UE está visando a projetos de energia, água e infraestrutura.
Sob esses títulos, a UE alocará 82 milhões por ano para apoiar os refugiados palestinos tanto no local quanto em outros países da região, por meio da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
"Isso permitirá que a UNRWA continue a desempenhar seu papel crucial como agente humanitário e de desenvolvimento", disse a Comissão Europeia em sua declaração sobre a agência, que vem sendo atacada pelo governo de Benjamin Netanyahu.
Com relação à mobilização de fundos privados, o plano prevê 400 milhões de euros em empréstimos por meio do Banco Europeu de Investimento (BEI) para impulsionar as iniciativas do setor privado palestino.
A UE também está comprometida em reunir o apoio internacional por meio de uma plataforma de doadores, um fórum para promover o diálogo com os atores palestinos, coordenar o apoio internacional e monitorar o progresso das reformas acordadas.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático