Publicado 01/07/2025 08:40

Bruxelas pede negociações de adesão à UE com a Ucrânia e se recusa a separar seu processo do da Moldávia

Archivo - Arquivo - HANDOUT - 18 de dezembro de 2024, Bélgica, Bruxelas: Bandeiras da União Europeia são vistas antes da cúpula UE-Balcãs Ocidentais na sede do Conselho Europeu. Foto: Alexandros Michailidis/Conselho Europeu/dpa - ATENÇÃO: uso editorial ap
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BRUXELAS 1 jul. (EUROPA PRESS) -

A Comissão Europeia afirmou nesta terça-feira que a Ucrânia cumpre os critérios necessários para dar os primeiros passos nas negociações de adesão à União Europeia (UE), diante do veto exercido pela Hungria, e se negou a separar seu processo do da Moldávia, país cujo processo encalhou devido às reticências contra Kiev.

"Quando um país candidato é retido sem razões objetivas, apesar de atender aos critérios, o processo de ampliação perde sua credibilidade. Portanto, esperamos que possamos abrir o primeiro conjunto de capítulos muito em breve", disse o Comissário para o Alargamento, Guillaume Mercier, em uma coletiva de imprensa na capital da UE.

Mercier insistiu que não há razões objetivas para bloquear as negociações, insistindo que Kiev atende aos critérios para a abertura do primeiro conjunto de capítulos, sobre as reformas básicas do estado de direito.

"Também saudamos o plano de adesão da Ucrânia sobre minorias, que responde às preocupações de seus vizinhos", disse ele, referindo-se à demanda da Hungria por uma medida sobre a minoria húngara na Ucrânia.

Os 27 deram sinal verde para a abertura das negociações de adesão em dezembro de 2023 e as abriram formalmente em junho de 2024. No entanto, as conversas ainda não foram iniciadas, embora Bruxelas tenha como objetivo iniciar as negociações sobre as principais reformas o mais rápido possível.

BRUXELAS NÃO APOIA A DESVINCULAÇÃO DA UCRÂNIA E DA MOLDOVA

Nessa situação, a opção está aberta para que a UE-27 continue a tomar medidas com a Moldávia, mas deixe a Ucrânia para trás, embora os dois candidatos tenham andado de mãos dadas até agora, desde que se candidataram a fazer parte do bloco no final de fevereiro de 2022, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Bruxelas tem se posicionado contra esse cenário, que, na prática, será decidido pelos estados-membros que concordarem unanimemente com a política de ampliação. A questão ganhou peso antes da reunião do Conselho de Associação entre Bruxelas e Chisinau no final desta semana, quando as autoridades moldavas pretendem avançar no processo de integração europeia.

"Nossa posição é realmente clara nesse contexto. Não estamos pedindo a desvinculação da Moldávia. Cabe aos estados membros decidir se querem fazer isso, mas queremos apoiar a Ucrânia e a Moldávia no processo de preparação para a adesão", resumiu Mercier.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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