BRUXELAS 24 nov. (EUROPA PRESS) -
O ex-alto representante da União Europeia para Política Externa e ex-ministro socialista Josep Borrell disse na segunda-feira que o governo de Donald Trump não pode ser considerado um aliado da Europa após o plano de paz sobre a Ucrânia elaborado às suas costas, que permite grandes concessões à Rússia.
"Com o plano de 28 pontos para acabar com a guerra na Ucrânia, os Estados Unidos de Trump não podem mais ser considerados um aliado da Europa, que nem sequer é consultada em questões que afetam sua segurança", criticou o ex-chefe da diplomacia europeia em uma mensagem nas redes sociais.
Nesse sentido, ele afirmou que a Europa "deve assumir e reagir" a essa realidade que representa uma "mudança" na política de Washington, que ele atribui ao fracasso da política europeia de "apaziguamento", em termos das concessões que a UE permitiu em seu acordo comercial com os Estados Unidos ou em questões militares dentro da UE.
"O plano de Trump para acabar com a guerra na Ucrânia mostra o fracasso do apaziguamento seguido pela UE", lamentou, depois de indicar que "curvar-se" às exigências de Trump em questões como "gastos militares, tarifas e desregulamentação digital, impostos sobre multinacionais e fornecimento de energia", "não serviu para nada".
Dessa forma, Borrell acusou o plano de Washington para o fim da guerra lançada pela Rússia, que foi elaborado nas costas dos ucranianos e europeus. Em uma reunião em Angola na segunda-feira, os líderes europeus observaram que os primeiros contatos entre os ucranianos e os americanos haviam dado passos "na direção certa".
No entanto, eles insistiram que muitas questões ainda precisam ser resolvidas e que a UE terá a palavra final sobre questões como a aplicação de sanções contra Moscou, o uso de ativos russos congelados e a adesão da Ucrânia à UE ou à OTAN.
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