MADRID 12 abr. (EUROPA PRESS) -
O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, será transferido nas próximas horas de Natal para o Hospital Estrela do DF, em Brasília, em um avião medicalizado, para se submeter a uma possível nova cirurgia, a nona relacionada à facada que sofreu em 2018.
"Por decisão pessoal do ex-presidente em conjunto com sua família e seu médico, Dr Cláudio (Birolini), e a fim de dar continuidade ao tratamento com o apoio e proximidade de seu povo, sua transferência para a cidade de Brasília está prevista para esta tarde", explica o boletim médico do hospital do Rio Grande do Norte.
O próprio Bolsonaro disse em um vídeo postado nas redes sociais que foi hospitalizado após sentir "fortes dores abdominais". Especificamente, ele se refere a "uma complicação no intestino delgado em decorrência das múltiplas cirurgias que precisei fazer após o atentado sofrido em 2018".
Agora ele está "estável, sem febre e com boa evolução clínica", segundo o ex-presidente. "Com a ajuda dos médicos e a proteção de Deus, em breve estarei de volta, pronto para retomar minha missão de percorrer as cinco regiões do país. Continuamos firmes, sérios, confiantes e com muita fé em Deus", ressaltou.
O último relatório médico menciona uma "diminuição da distensão abdominal" após oito horas de sono em "uma noite tranquila". Birolini disse que houve episódios recorrentes de obstrução, motivo de cirurgias anteriores. "Desta vez, está mais exuberante", disse ele, referindo-se à dor.
A última tomografia computadorizada confirma uma obstrução parcial do intestino, dificultando a passagem de gases e fezes.
As idas de Bolsonaro ao hospital por conta das sequelas do atentado de 2018 têm sido recorrentes nos últimos anos. Além de exames de rotina, ele chegou a passar vários dias no hospital, como no ano passado, quando ficou quase duas semanas em um centro médico em São Paulo.
CONVOCAÇÃO PARA DEPOR
Enquanto isso, o juiz do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, deu aos advogados de Bolsonaro e de outros sete réus no caso da tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023 cinco dias para apresentarem sua defesa preliminar.
Esse primeiro prazo marca um novo passo na ação criminal pelo juiz investigador De Moraes após a recente redesignação de Bolsonaro e dos outros de réus para condenados. Eles também terão que depor ao final da investigação, em uma data ainda a ser definida.
Além de Bolsonaro, outros réus incluem o general Walter Braga Netto, ex-ministro e ex-vice-presidente de Bolsonaro; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno; o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça e ex-vice-presidente do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno; e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência, Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal, Anderson Torres; o ex-comandante da Marinha Almir Garnier; o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira; e o ex-colaborador de Bolsonaro Mauro Cid.
Os oito são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, dano grave por violência e grave ameaça de dano ao patrimônio.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático