Publicado 10/12/2025 00:48

A Bolívia retoma as relações diplomáticas com Israel, interrompidas desde o final de 2023 devido à ofensiva em Gaza.

Ministros das Relações Exteriores de Israel e da Bolívia, Gideon Saar (esq.) e Fernando Aramayo (dir.), em Washington.
GIDEON SAAR EN X

MADRID 10 dez. (EUROPA PRESS) -

Israel e Bolívia retomaram nesta terça-feira as relações diplomáticas, interrompidas pelo governo de Luis Arce no final de outubro de 2023 diante da resposta israelense ao ataque do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) naquele mês, em um evento realizado em Washington D.C.

A decisão foi assinada em um acordo de cooperação entre o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, e seu colega boliviano, Fernando Aramayo, que já havia dado esse passo adiante após a vitória de Rodrigo Paz nas eleições presidenciais que o país latino-americano enfrentou em outubro passado.

Nesse sentido, a pasta diplomática boliviana saudou esse acordo "em um momento em que a Bolívia está comprometida com a diversificação de suas alianças estratégicas" com a nova Presidência, e destacou que ele representa "um retorno à confiança, à cooperação inteligente e aos laços que sempre existiram, mas que agora são revitalizados com uma visão moderna".

O restabelecimento das relações permitirá que cientistas, empresários, médicos, agricultores e estudantes de ambos os países tenham acesso a novas possibilidades de intercâmbio", afirmou La Paz, antes de comemorar que "com esse entendimento, Bolívia e Israel estão retornando a um caminho comum comprometido com um futuro mais estável, seguro e próspero para ambos os povos".

O ex-presidente Luis Arce rompeu relações com o governo de Benjamin Netanyahu em protesto contra a ofensiva militar lançada contra a Faixa de Gaza, desencadeada após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixaram cerca de 1.200 pessoas mortas e 250 sequestradas. Assim, a Bolívia se tornou um dos primeiros países do continente latino-americano a tomar uma decisão que Israel chamou de "rendição ao terrorismo".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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