MINISTERIO DE GOBIERNO DE BOLIVIA EN FACEBOOK
Ele critica a "permissividade" do governo anterior com a erradicação de plantações e sua "desconexão absoluta" com as organizações internacionais.
MADRID, 17 dez. (EUROPA PRESS) -
O governo boliviano anunciou na terça-feira um novo plano contra o tráfico de cocaína que incluirá a cooperação com os Estados Unidos, a União Europeia e as Nações Unidas em uma situação em que o país "tem mais coca do que precisa para os usos tradicionais".
"O crime é transnacional e a luta tem que ocorrer dentro dessa mesma estrutura. Não se pode combater o narcotráfico isolando-se do mundo", disse o ministro do governo, Marco Antonio Oviedo, em uma coletiva de imprensa divulgada pelo jornal boliviano "El Deber".
Em sua apresentação, ele destacou que La Paz já realizou reuniões com a União Europeia, as Nações Unidas e policiais brasileiros, enquanto aguarda a chegada de pessoal especializado em combate às drogas. Nesse sentido, ele lamentou o que descreveu como a "desconexão absoluta" do governo anterior com as organizações internacionais, argumentando que isso enfraqueceu a capacidade do Estado de enfrentar as redes criminosas.
"O governo anterior não queria que certos números fossem conhecidos. Hoje isso mudou", enfatizou, fazendo alusão aos novos indicadores coletados pelo Relatório de Monitoramento do Cultivo de Coca 2024, produzido pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), como o potencial de produção de cocaína, o volume de folha de coca que não entra nos mercados legais, a coca desviada para atividades ilícitas ou a expansão dos cultivos em áreas autorizadas e não autorizadas, destacados na mesma apresentação pelo vice-ministro da Defesa Social, Ernesto Justiniano.
Oviedo também criticou o governo anterior, presidido por Luis Arce, por sua "permissividade na erradicação das plantações de coca no passado", uma atitude "claramente" demonstrada pelos dados do UNODC, disse ele.
"Hoje, o governo está enfrentando esse problema de frente, sem discurso negacionista e sem soluções simplistas", declarou, acrescentando que "não se trata de erradicação pela erradicação", mas que "o desafio é como enfrentar essa tarefa de forma abrangente e sustentável".
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático