Ele diz que o presidente não está concorrendo com uma questão de confiança porque a confiança do parlamento é demonstrada pelos votos.
MADRID, 2 jul. (EUROPA PRESS) -
O ministro da Presidência, Justiça e Relações com o Parlamento, Félix Bolaños, assegurou que a responsabilidade política do presidente do governo, Pedro Sánchez, é "cumprir o mandato das urnas" de julho de 2023 e terminar a legislatura, já que o povo espanhol elegeu um governo progressista contra um "governo de ultradireita e ultradireita".
Foi o que ele disse quando perguntado em uma entrevista na 'Cadena Ser', captada pela Europa Press, sobre se Sánchez não assumiria nenhuma responsabilidade política depois que os dois últimos secretários de organização do PSOE, nomeados por ele mesmo, foram implicados em supostos casos de corrupção.
"A responsabilidade política, nesta questão e em qualquer outra, é uma responsabilidade do que o presidente do governo deve fazer, que também é sua responsabilidade, e que é cumprir o mandato das urnas de julho de 2023", disse o chefe da Justiça, lembrando o "dilema" que existia na época devido ao possível acesso à Moncloa do PP e do Vox nessas eleições.
Bolaños lembrou que "no mesmo dia" em que o relatório da UCO se tornou conhecido, "uma hora e meia depois (Sánchez) estava aparecendo e pedindo desculpas aos cidadãos" por ter confiado "indevidamente" em pessoas que traíram sua confiança e que ele mesmo colocou à frente da Secretaria de Organização do PSOE.
A partir daí, o Executivo tomou "medidas como apartales" para que a justiça "possa seguir seu caminho", e agora é hora de se concentrar em continuar com as políticas sociais que nesta quarta-feira se refletiram em dados como a inscrição na previdência social, com quase 22 milhões de pessoas.
"Isso é o que justifica o fato de termos que continuar governando pelos dois anos restantes até 2027. Porque temos um projeto para transformar nosso país, e é essencial que continuemos com ele porque é bom para as pessoas", continuou em sua explicação.
NÃO HÁ NECESSIDADE DE UMA QUESTÃO DE CONFIANÇA
Bolaños rejeitou a necessidade de Sánchez se submeter a uma questão de confiança, argumentando que a confiança do Parlamento "é demonstrada nos votos do Parlamento", já que o Executivo ganha "90% dos votos".
Ele também destacou que "nenhum" dos grupos parlamentares que apóiam o governo pediu uma questão de confiança e que, de acordo com a Constituição espanhola, essa ferramenta pode ser usada "quando há dúvidas sobre o apoio parlamentar do governo". "Mas aqui, insisto, os números indicam que ganhamos 90% dos votos", concluiu.
Ele também se referiu à rodada de contatos que o PP iniciou com seus parceiros na investidura, comemorando ironicamente o fato de o partido de Alberto Núñez Feijóo estar olhando "para a realidade do país e para a pluralidade do Parlamento". "É bom que eles estejam fazendo isso em vez de insultá-los, desrespeitá-los ou pedir que sejam banidos", acrescentou.
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