Publicado 04/12/2025 08:17

Bernabé diz que houve uma "falha" no canal de denúncias anônimas no caso Salazar e pede o "perdão" das vítimas.

A delegada do Governo na Comunitat, Pilar Bernabé, atende à mídia durante uma manifestação silenciosa, em frente à Delegação do Governo, em 5 de novembro de 2025, em Valência, Comunidad Valenciana (Espanha). A manifestação foi convocada por
Rober Solsona - Europa Press

O PSOE aguardará a resolução da comissão antiassédio e um relatório bem fundamentado com todas as informações antes de decidir se recorrerá ao Ministério Público.

VALÈNCIA, 4 dez. (EUROPA PRESS) -

A secretária de Igualdade do PSOE, Pilar Bernabé, pediu "perdão" e "desculpas" às mulheres que denunciaram o comportamento do ex-militante socialista e ex-assessor em Moncloa Francisco Salazar e "que não se sentiram atendidas", e garantiu que detectaram uma "falha" no canal anônimo de denúncias, que foi resolvida.

"Eles não tiveram uma comunicação no âmbito de um canal anônimo que gerou uma complicação que o partido não tinha enfrentado", disse Bernabé em declarações à mídia no minuto de silêncio convocado em frente à Delegação do Governo em Valência em condenação ao último crime sexista em Alicante.

Bernabé destacou que "detectamos a falha, detectamos o problema e apresentamos a solução e continuaremos a fazê-lo" e defendeu que o PSOE "sempre levou muito a sério" seu protocolo contra o assédio e que tem sido "inflexível". "Não toleramos nenhum ato repreensível e certamente vergonhoso como os que temos lido na imprensa nestes dias", observou.

"É por isso que o PSOE é o partido que sempre colocou em prática todos os mecanismos possíveis para impedir qualquer tipo de comportamento negativo. É por isso que estamos falando de um protocolo que só o Partido Socialista tem e que está em constante aperfeiçoamento", acrescentou.

Bernabé destacou que o protocolo foi lançado em julho. "Detectamos que havia um problema e fizemos todo o possível para tentar resolvê-lo e atender especialmente às mulheres que talvez não tenham se sentido suficientemente cuidadas ou apoiadas", enfatizou.

A líder socialista garantiu que seu partido "sempre protegeu as mulheres que denunciam e que podem ter se sentido assediadas nesse caso". "Pedimos desculpas àquelas mulheres que não se sentiram atendidas, pedimos desculpas", disse ela.

A Secretária para a Igualdade transmitiu "a certeza de que existe uma comissão que está trabalhando desde o primeiro momento, que continuará trabalhando e que vamos melhorar todos os mecanismos, porque eles estão constantemente melhorando", em referência à comissão antiassédio do partido.

"Porque esse é um procedimento que acabamos de implementar, que implementamos recentemente, e se detectamos uma falha, imediatamente a colocamos sobre a mesa para que possamos corrigi-la", insistiu.

Bernabé enfatizou que "sabe que tentaremos resolver o problema o mais rápido possível, com um comitê de especialistas, pessoas sensíveis e apropriadas para tratar do assunto com o máximo de empatia e sensibilidade". Dessa forma, ele afirmou que "a comissão continua trabalhando e resolverá a questão, conforme aprovado no protocolo".

Bernabé enfatizou que outros partidos não têm esses protocolos e "isso não é necessário nem importante para eles". Ele criticou as "muitas lições" dadas por partidos que "têm pessoas em suas fileiras e no Congresso dos Deputados que foram diretamente condenadas por violência de gênero". Bernabé os "incentivou" a implementar e aplicar esses protocolos.

DENÚNCIA AO MINISTÉRIO PÚBLICO

Quando perguntada "por que ela não apoiou o pedido de apresentação de uma denúncia ao Ministério Público", Bernabé apontou que não se trata de um assunto que "seja de sua competência". "Vamos esperar, como diz o protocolo, que a comissão faça uma resolução e um relatório bem fundamentado com todas as informações", disse ela.

"Não conheço as informações porque se trata de um canal anônimo e privado e sei o que li na mídia. A comissão está trabalhando e vai continuar trabalhando até que isso seja resolvido", garantiu.

Sobre se ele está enviando a mesma mensagem no caso do suposto assédio sexual do secretário geral do PSOE em Torremolinos, Bernabé respondeu que "é claro" e expressou "toda a nossa sensibilidade em relação às mulheres".

Bernabé insistiu que "detectamos que houve um erro, que vamos continuar trabalhando para apoiar as mulheres" e que o PSOE "sempre apoiará as mulheres que denunciarem situações de assédio". "E é isso que continuaremos a fazer e é isso que faremos", observou ela.

CRÍTICAS DE CATALÁ

Por outro lado, Bernabé, que também é candidata socialista a prefeita de Valência, respondeu a perguntas da mídia sobre as críticas da prefeita, María José Catalá, ao PSOE após o caso de Francisco Salazar.

Pilar Bernabé disse que a prefeita "não é a pessoa mais apropriada para falar sobre tibieza quando o orçamento para políticas de igualdade na cidade de Valência foi cortado em 60%".

Ela também disse que Catalá havia "varrido com um golpe de caneta" as medidas dos planos municipais de emprego, que envolviam "discriminação positiva contra as mulheres". "Não acho que ele seja a melhor pessoa para me dar lições", insistiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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