Publicado 03/12/2025 06:14

A Bélgica insiste no "não" ao uso de ativos russos e acusa a Comissão de "não ouvir" suas exigências

Archivo - Arquivo - O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Maxime Prévot, durante uma reunião de ministros das Relações Exteriores em Bruxelas.
SIERAKOWSKI FREDERIC / EUROPEAN COUNCIL - Arquivo

BRUXELAS 3 dez. (EUROPA PRESS) -

O ministro das Relações Exteriores da Bélgica, Maxime Prévot, rejeitou na quarta-feira a proposta da Comissão Europeia de usar ativos russos para um empréstimo para a Ucrânia, dizendo que o executivo europeu ainda não está ouvindo suas demandas e está exigindo solidariedade da Bélgica sem oferecer em troca assumir os riscos da operação.

"Temos a frustrante sensação de que não fomos ouvidos. Nossas preocupações estão sendo minimizadas e o texto que a Comissão apresentará hoje não aborda nossas preocupações de forma satisfatória", disse o ministro das Relações Exteriores ao chegar à reunião com seus colegas da OTAN.

Nesse sentido, Prevot criticou o fato de que as preocupações legítimas da Bélgica, o país que abriga a sede da Euroclear, a instituição que detém a maioria dos ativos russos na Europa, estão sendo "minimizadas". Dessa forma, ele insistiu em sua rejeição à operação proposta pela Comissão Europeia de usar ativos russos para financiar um empréstimo de reparação de até 140 bilhões de euros.

"Não é aceitável usar o dinheiro e nos deixar sozinhos para enfrentar os riscos. O empréstimo para reparos proposto claramente não é uma opção preferida e é a pior opção de todas", disse ele, reiterando que a manobra é "arriscada, nunca foi feita antes e todos podem ver como tem sido difícil há meses".

O ministro belga criticou o fato de que a solidariedade está sendo exigida da Bélgica "sem que a mesma solidariedade seja oferecida em troca". "Estamos simplesmente tentando evitar consequências potencialmente desastrosas", enfatizou, pedindo uma alternativa, como recorrer aos mercados de capitais para que a UE possa levantar o montante necessário para um empréstimo à Ucrânia.

Entre seus colegas da OTAN, David van Weel, da Holanda, insistiu que os Estados membros estão prontos para oferecer garantias à Bélgica no caso de reivindicações russas.

"Esses ativos são cruciais, e entendemos as preocupações da Bélgica. Estamos prontos para, no mínimo, garantir que eles não estejam sozinhos nessa situação, caso as coisas deem errado e haja consequências financeiras", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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