Publicado 12/11/2025 17:08

Barroso vê a Europa como um "adolescente geopolítico" e enfatiza a importância da autodefesa

Ele diz que Putin "precisa" manter a guerra e lamenta a perda de competitividade do "Velho Continente".

O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, participa do Vigo Global Summit, em 12 de novembro de 2025, em Vigo, Pontevedra, Galícia (Espanha). O Vigo Global Summit é um congresso sobre economia que analisará as principais questões da
Javier Vázquez - Europa Press

VIGO, 12 nov. (EUROPA PRESS) -

O ex-presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, descreveu a Europa como um "adolescente geopolítico" e enfatizou a importância de a Europa assumir sua própria defesa em face de sua atual dependência dos Estados Unidos.

Foi isso que ele disse em seu discurso durante o primeiro dia da Cúpula Global de Vigo da Zona Franca, que está sendo realizada nesta quarta e quinta-feira no Auditório Mar de Vigo. Diante de mais de mil participantes, Durão Barroso explicou que Bruxelas teve que aceitar um acordo comercial "assimétrico" com os Estados Unidos porque precisa de "cooperação geopolítica" com o país americano, já que continua sendo "dependente".

"Precisamos nos assumir como adultos responsáveis, ter alguma forma de política externa e de segurança. Não contra a OTAN. Separar-se da OTAN seria um erro. Mas assumir nossa própria defesa de uma forma mais responsável", afirmou.

"Se não estivermos prontos para a guerra, não poderemos garantir a paz", acrescentou, falando também sobre a situação na Ucrânia após a invasão russa. A esse respeito, ele disse que Vladimir Putin "precisa manter a guerra em andamento". "Agora ele não pode parar sem concessões, que a Ucrânia não quer fazer", enfatizou.

COMPETITIVIDADE

Entre outras questões, José Manuel Durão Barroso falou sobre a "perda de competitividade" que a Europa está sofrendo em relação a países como a China e os Estados Unidos. De acordo com ele, o problema do continente é que "ele precisa de crises para avançar", mas "a competitividade é uma crise em câmera lenta".

"A Europa não está fazendo o suficiente para recuperar essa competitividade", criticou ele, para se concentrar na revolução tecnológica e científica que o mundo está experimentando com avanços como a inteligência artificial, na qual a Europa "está perdendo terreno".

Por esse motivo, ele pediu que as pessoas "acordassem" e mudassem sua mentalidade, exigindo a necessidade de "continuar crescendo" para manter o sistema social que é tão característico da Europa. Para o Sr. Barroso, isso só pode ser mantido se o crescimento for sustentável.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

Contador

Contenido patrocinado