Publicado 06/05/2025 13:21

Ayuso acredita que a Espanha "ainda está a tempo" de adotar a energia nuclear e pede que não a condenem "por motivos ideológicos".

A presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso, apresenta o presidente da Cepyme, Gerardo Cueva, durante um café da manhã organizado pelo Forum Europe, no Mandarin Oriental Ritz Hotel, em 5 de maio de 2025, em Madri (Espanha).
Jesús Hellín - Europa Press

MADRID 6 maio (EUROPA PRESS) -

A presidente da Comunidade de Madri, Isabel Díaz Ayuso, disse nesta terça-feira que a Espanha "ainda está a tempo" de optar pela energia nuclear para garantir o fornecimento de eletricidade e pediu para não condená-la "por razões ideológicas".

Foi o que ela disse na abertura da Bienal de Arquitetura e Paisagismo de Ile-de-France, em Versalhes, onde enfatizou a importância de que tanto a energia nuclear quanto as renováveis contribuam de forma equilibrada para o fornecimento de energia do país, especialmente após o apagão de horas da semana passada.

"Nosso país sempre foi uma referência mundial em gestão de energia e a Red Eléctrica Española, que é a empresa estatal, vem fazendo um trabalho impecável há décadas, mas se quisermos que isso continue, temos que olhar para a nossa vizinha França. O compromisso com a energia nuclear é um grande sucesso", afirmou.

Díaz Ayuso também enfatizou que a energia nuclear também deve ser usada em face da "ameaça de terceiros países e outras potências externas". "No entanto, no nosso caso, na Espanha, eles querem condená-la por razões ideológicas, insisto, sem nenhum rigor científico, enquanto a França tem sido um exemplo tão grande que até mesmo no apagão da semana passada eles tiveram que nos ajudar a lidar com isso", criticou.

Por esse motivo, a presidente acredita que é necessário "deixar as ideologias para trás" e ver o que a Espanha quer para o futuro "com a cabeça limpa e, principalmente, com critérios". "Junto com a energia, a água, a qualidade do ar e a economia circular. Tudo anda de mãos dadas. É por isso que estamos comprometidos com um ecossistema agrícola, pecuário, florestal e paisagístico onde as pessoas estão no centro", disse ele.

UMA "LUTA DE CLASSES ARTIFICIAL" ENTRE O HOMEM E A TERRA

Por outro lado, o líder regional questionou "que sentido faria cuidar apenas do meio ambiente, dos animais e da qualidade do ar" se as "pessoas" não forem cuidadas.

"Que loucura levou as pessoas a pensar que as pessoas são uma ameaça para o planeta? Ou que ilusão é essa de que devemos produzir tudo, menos filhos? Ou que não devemos ter filhos porque eles vêm para um mundo pior, que poluem e desperdiçam dinheiro? Ou o que é essa ilusão também, aquela que pensa que o homem é a maior ameaça ao meio ambiente? A ameaça são as más ideias ou manipulações, como essa última luta artificial de classes entre o homem e a Terra", reprovou.

Ayuso acredita que a pior coisa que pode acontecer a uma nação em matéria de política energética é "deixar-se levar pelo sectarismo ideológico e pela falta de rigor científico". "Devemos ser confiáveis. A Espanha sempre foi e sempre será. A Comunidade de Madri certamente demonstra isso", enfatizou.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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