MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
O ativista espanhol Sergio Toribio entrou com uma ação no Tribunal Nacional por crimes de guerra contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e vários oficiais militares pelo "ataque" ao navio Freedom Flotilla, que foi abordado pelo exército israelense quando tentava chegar a Gaza.
É o que diz a ação judicial, à qual a Europa Press teve acesso, que foi apresentada em seu nome e na qual o Comitê de Solidariedade com a Causa Árabe (CSCA) está interessado em estar presente como uma acusação popular, conforme anunciado nesta quinta-feira nas proximidades do Tribunal Nacional.
Toribio apela para o princípio da jurisdição universal e pede que sejam emitidos mandados de prisão internacionais para Netanyahu e os outros réus.
Ele denuncia crimes de guerra e crimes contra a humanidade pelo "ataque em águas internacionais a uma missão civil que buscava romper o bloqueio de Gaza", bem como "um padrão sistemático de repressão contra missões de ajuda civil a Gaza e uma tentativa de criminalizar a solidariedade internacional".
E é dirigida contra Netanyahu e oficiais militares de alto escalão, como o Ministro da Defesa Israel Katz, "o homem encarregado da operação"; o Vice-Almirante e Comandante da Marinha David Saar Salama; o porta-voz do Exército Daniel Hagari; e os comandantes seniores da unidade de elite Shayetet 13, encarregada do embarque do 'Madleen'.
Na queixa, eles descrevem a interceptação "violenta" e "na ausência absoluta de hostilidade ou ameaça por parte da tripulação" desse navio civil, parte da Flotilha da Liberdade, que partiu em 1º de junho de Catania (Itália) com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza.
DRONES, GÁS LACRIMOGÊNEO E ARMAS
Eles alegam que a unidade de elite da marinha israelense Shayetet 13 abordou o navio a mais de 100 milhas da costa "usando drones, gás lacrimogêneo e armas não letais".
"Dispositivos eletrônicos pessoais foram confiscados e o barco foi rebocado para o porto israelense de Ashdod, onde os detidos foram privados de sua liberdade, mantidos incomunicáveis, despojados de seus pertences e submetidos a tentativas de doutrinação forçada", acrescentam.
Entre os doze membros da tripulação estavam Toribio, a jovem ativista Greta Thunberg e a deputada Rima Hassan, que "foram detidos e deportados" de forma "arbitrária" em uma "clara violação do direito internacional humanitário".
ENCAMINHE O CASO PARA O EPI
A defesa, liderada pelo eurodeputado Jaume Asens, explicou que não há nada que impeça que o caso seja encaminhado ao Tribunal Penal Internacional (TPI) ou que coopere com o Gabinete do Procurador durante o curso do processo.
"Os juízes dos diferentes países onde há vítimas desses mesmos atos têm mecanismos à sua disposição" para investigar, disse o advogado.
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