MADRID 22 nov. (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, anunciou de Johanesburgo que seu país não assinará a declaração final da cúpula do G20 que será realizada nessa cidade sul-africana, principalmente por causa de sua posição sobre o conflito no Oriente Médio.
"Estamos profundamente preocupados com a forma como certas questões geopolíticas são abordadas no documento. Em particular, ele trata do prolongado conflito no Oriente Médio de uma forma que não capta toda a sua complexidade", disse Quirno ao jornal argentino 'Clarín'.
Quirno indicou que "o texto se concentra em uma única dimensão de um território específico, que ignora o contexto regional mais amplo, o reconhecimento internacional de diferentes entidades e as causas estruturais da disputa", cruzando assim as "linhas vermelhas" propostas por Buenos Aires.
De qualquer forma, Buenos Aires enfatizou que "embora não possa endossar a declaração devido às discrepâncias mencionadas, continua totalmente comprometida com o espírito de cooperação que definiu o G20 desde sua criação".
Quirno enfatizou que "é crucial preservar a integridade do princípio central do G20, que é o consenso, e reconhecer quando o consenso não foi alcançado, em vez de avançar com um documento que não reflete fielmente a vontade coletiva", em referência ao discurso oficial do país anfitrião, a África do Sul, que confirmou o acordo sobre o texto.
A declaração "foi aprovada pelos líderes presentes na cúpula", explicou o porta-voz da presidência sul-africana, Vincent Magwenya. "Estamos cada vez mais próximos de uma aprovação unânime", disse ele em um comunicado oficial.
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