MADRID 7 nov. (EUROPA PRESS) -
O Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil manteve na sexta-feira, por unanimidade, a sentença de 27 anos de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, depois que os juízes - incluindo o relator do caso, Alexandre de Moraes - rejeitaram os argumentos apresentados pela defesa.
De Moraes também rejeitou os argumentos apresentados pelo restante das seis pessoas condenadas por liderar o fracassado plano de golpe de 2022, incluindo os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-almirante da Marinha Almir Garnier.
Os desembargadores Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia também votaram pela manutenção das sentenças. O ministro Luiz Fux não votou porque foi transferido da primeira para a segunda câmara do tribunal superior após votar a favor da absolvição de Bolsonaro. Com os quatro votos, a deliberação virtual foi encerrada.
A Suprema Corte vem analisando virtualmente durante o dia os recursos de esclarecimento que permitem à defesa pedir esclarecimentos sobre possíveis contradições, omissões ou dúvidas que possam surgir dos argumentos dos juízes que votaram pela condenação de Bolsonaro e seu círculo mais próximo.
Os seis réus - um sétimo aceitou a decisão e já está cumprindo pena - ainda têm mais uma chance de apresentar um novo recurso sob esse procedimento. Se for rejeitado novamente, a sentença será executada.
Bolsonaro está atualmente em prisão domiciliar, enquanto outro processo está em andamento contra ele por seu suposto envolvimento em uma trama arquitetada com seu filho Eduardo para fazer proselitismo nos Estados Unidos contra o atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a favor de sua libertação por meio de sanções.
Ainda não se sabe onde ele cumprirá sua sentença, mas especula-se que possa ser na prisão de segurança máxima da Papuda, que tem uma ala especial para abrigar prisioneiros considerados vulneráveis, como políticos, policiais e outras autoridades, ou idosos.
A outra alternativa é uma cela especial na sede da Polícia Federal em Brasília, um tratamento semelhante ao dado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando ficou preso por 580 dias nas instalações da mesma instituição em Curitiba. A prisão domiciliar também não está descartada.
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