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MADRID, 29 nov. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos duas pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas, incluindo um menino de 13 anos, em um novo ataque aéreo russo à capital ucraniana, Kiev, que deixou vários edifícios residenciais em chamas e parte da cidade sem eletricidade.
O novo número de mortos foi informado pelo ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andri Sibiha, que falou de uma "noite difícil" em todo o país, alvo de um novo e maciço ataque aéreo russo, que incluiu "dezenas de mísseis balísticos e de cruzeiro", além de mais de 500 drones.
O chefe da administração militar de Kiev, Timur Tkachenko, informou em sua conta no Telegram que "as operações de resgate de emergência e a eliminação das consequências do ataque inimigo continuam em todos os lugares". "O ataque conjunto à capital continua, não deixem os abrigos até que o alarme seja acionado", acrescentou.
Os alarmes começaram a soar nas primeiras horas da manhã, quando vários mísseis caíram em áreas residenciais de Kiev, e as autoridades ucranianas pediram à população que permanecesse em locais seguros e não saísse às ruas.
No distrito de Sviatoshinski, um homem foi atingido pelo ataque russo e morreu. Vários prédios do distrito foram danificados por mísseis e drones, resultando em incêndios, fachadas destruídas e o desabamento de escombros sobre as passarelas.
Pelo menos oito dos feridos tiveram que ser levados ao hospital, incluindo o menino de 13 anos e uma mulher que está em estado grave, enquanto os demais foram tratados pelos serviços de emergência no local.
A parte oeste de Kiev ficou sem eletricidade devido ao bombardeio e, no momento, os técnicos ainda estão trabalhando para restaurar o fornecimento.
"De acordo com a força aérea, há mísseis de cruzeiro inimigos no espaço aéreo do país. Além disso, foi registrada a decolagem de um MiG-31K com o míssil balístico aéreo Kinzhal. A ameaça de drones inimigos também persiste em Kiev", confirmou Tkachenko.
A nova ofensiva da Rússia na capital ucraniana ocorre logo após a renúncia do chefe do gabinete presidencial, Andri Yermak, braço direito do presidente do país, Volodymyr Zelensky, depois de uma série de buscas em sua casa por agências anticorrupção como parte da crise em Kiev devido a uma investigação de corrupção em larga escala.
Sibiha passou parte de sua mensagem criticando o primeiro-ministro da Hungria e aliado de Putin, Viktor Orbán, a quem acusou de funcionar como um fantoche da Rússia porque Moscou usa suas visitas como um álibi diplomático enquanto continua a atacar a Ucrânia.
"Também é notável como Putin mais uma vez usou Viktor Orbán como cúmplice de seu terrorismo. Em 2024, a visita de Orbán a Moscou foi seguida pelo terrível ataque russo ao hospital infantil Okhmatdyt da Ucrânia. Desta vez, um ataque russo maciço à capital ucraniana logo após a visita de Orbán e palavras vazias sobre "paz". Putin está simplesmente usando esses políticos como atores em seu espetáculo sangrento", lamentou o ministro.
DUAS PESSOAS FERIDAS NA RÚSSIA
Na região de Volgogrado, na Rússia, duas pessoas ficaram feridas depois que um ataque de drone do exército ucraniano também danificou um depósito de produtos de construção e vários edifícios residenciais. Nenhum dos dois feridos precisou de tratamento hospitalar, disse o governador da região de Volgogrado, Andrei Bocharov, em seu canal no Telegram.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia informou a destruição de 108 drones ucranianos esta noite, principalmente nas regiões de Belgorod (26), Rostov (20) e Crimeia (19).
Os demais drones militares não tripulados foram interceptados em Ryazan (11), Krasnodar (11), Voronezh (5), Lipetsk (4), Volgograd (6) e Kursk (3). Já em Astrakhan, Kalmykia e Mar de Azov, as forças russas abateram um em cada região.
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