MADRID, 22 nov. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos 20 palestinos morreram e mais de 83 ficaram feridos como resultado de vários ataques israelenses na Faixa de Gaza no sábado, de acordo com o balanço oficial do Ministério da Saúde de Gaza. Israel denunciou uma violação do cessar-fogo pelo Hamas com um ataque na Linha Amarela e confirmou uma série de ataques retaliatórios contra supostos alvos do Hamas na Faixa de Gaza.
"Números preliminares de mortes e feridos tratados em hospitais da Faixa de Gaza durante a escalada desta tarde: 20 mortes e mais de 83 feridos, incluindo casos críticos", disse o ministério em um comunicado oficial. A mídia palestina citou fontes da área de saúde como sendo 22 mortos.
Um dos incidentes mais graves foi um ataque aéreo na Cidade de Gaza, no qual cinco pessoas foram mortas. O ataque teve como alvo um veículo que dirigia no bairro de al-Rimal, no oeste da cidade, disseram fontes médicas palestinas à agência de notícias Sanad.
O bombardeio foi confirmado por fontes militares israelenses ao Times of Israel e elas afirmaram que se tratava de uma operação contra um indivíduo identificado como Alaa Hadidi, um membro sênior da ala de suprimentos e fabricação de armas da milícia do movimento islâmico palestino Hamas, que ainda não fez nenhuma declaração sobre o assunto.
Outras quatro pessoas foram mortas em um ataque aéreo israelense contra a casa da família Abed, no oeste da cidade central de Deir al-Bala'a, especificamente ao lado da mesquita Bilal bin Rabbah, uma área onde vivem muitas famílias deslocadas.
Mais quatro pessoas foram mortas e outras ficaram feridas em um bombardeio de aviões israelenses na casa da família Al Judari, na Al Lababidi Street, na Cidade de Gaza.
Mais três palestinos foram mortos e vários outros ficaram feridos em um ataque aéreo israelense à casa da família Abu Amuna no campo de refugiados de Nuseirat, perto do Hospital Al Auda.
Também há vítimas fatais, embora não se saiba até o momento quantas, no bombardeio israelense à casa da família Abu Shauish, também em Nuseirat. O Hospital Al Auda relatou a chegada de corpos e vítimas do Campo 2 em Nuseirtat e do campo de refugiados de Bureij, também no centro do enclave palestino.
O Hospital Al Shifa informou que recebeu uma vítima de tiros disparados pelas forças de segurança israelenses perto da Linha Amarela, a leste de Jabalia, no norte da Faixa.
A mídia palestina também relatou uma série de ataques de artilharia de tanques israelenses ao norte e a leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, bem como bombardeios de aeronaves e artilharia israelenses a leste de Khan Younis.
ATAQUES RETALIATÓRIOS
As forças armadas israelenses relataram uma série de ataques "contra alvos da organização terrorista Hamas na Faixa de Gaza" em retaliação a um ataque de um indivíduo que supostamente cruzou a chamada Linha Amarela, a linha de retirada das forças israelenses no enclave.
"Um terrorista armado cruzou a Linha Amarela em um jipe enquanto dirigia ao longo de uma rota humanitária, disparou contra as forças das IDF (Forças de Defesa de Israel) e foi eliminado em questão de segundos", disse o exército israelense em um comunicado, denunciando a ação como "uma violação flagrante do acordo de cessar-fogo". Nenhum soldado israelense ficou ferido.
"Em resposta, a IDF, liderada pelo Comando Sul, sob a direção da Inteligência Militar e do Shin Bet, e por meio da Força Aérea, começou a atacar alvos da organização terrorista Hamas em toda a Faixa de Gaza", acrescentou.
O primeiro-ministro israelense denunciou que "hoje o Hamas violou novamente o cessar-fogo ao enviar um terrorista ao território controlado por Israel para atacar os soldados da IDF". "Em resposta, Irsael eliminou cinco terroristas do alto escalão do Hamas", disse ele em um comunicado oficial.
Além disso, Israel confirmou a morte de "cinco terroristas" na área de Rafah e dois que cruzaram a Linha Amarela no norte da Faixa e "representavam uma ameaça imediata".
Esses incidentes ocorreram em meio ao cessar-fogo acordado entre Israel e as milícias palestinas em 10 de outubro. O Ministério da Saúde de Gaza estima que 69.733 pessoas tenham sido confirmadas como mortas e 170.863 feridas até o momento como resultado da ofensiva militar israelense, lançada em resposta ao ataque de 7 de outubro de 2023.
Ele também afirmou que, desde que o cessar-fogo entrou em vigor, 318 mortes e 788 feridos foram documentados, enquanto 572 corpos foram recuperados.
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