MADRID 22 nov. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos duas pessoas foram mortas neste sábado em ataques das forças armadas israelenses no sul do Líbano, apesar do cessar-fogo em vigor na fronteira entre os dois países.
Um dos mortos foi um jovem identificado como Kamel Reda Qarnabash, originário da cidade de Zautar al Sharqiya, que foi morto em um ataque de drone israelense contra seu carro na rua Ain al Samahiya, na mesma cidade, de acordo com a agência de notícias oficial libanesa, NNA, citando o Ministério da Saúde.
As IDF confirmaram o ataque, observando que Qarnabash "estava envolvido em tentativas de reabilitar o Hezbollah na área".
Enquanto isso, um drone israelense bombardeou um veículo em Wadi Nahle, entre os vilarejos de Chakra e Majdel Selem, na região de Bint Yebeil, matando uma pessoa.
A IDF confirmou o ataque em uma ação da 91ª Divisão. "O terrorista atuou como representante local do Hezbollah na área de Kfar Hula. Ele era responsável por fazer a ligação entre a organização e os aldeões em questões militares e econômicas. Ele também trabalhava para confiscar propriedades privadas para fins terroristas", disse o exército israelense.
BOMBARDEIO DE LANÇADORES E POSIÇÕES MILITARES DO HEZBOLLAH
Além disso, Israel relatou vários ataques aéreos contra alvos do Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa. Especificamente, Israel teria bombardeado vários lançadores de foguetes recentemente identificados no sul do Líbano, bem como locais militares do Hezbollah com "atividade operacional terrorista" e esconderijos de armas.
"A presença de lançadores e atividades militares nesses locais é uma violação dos acordos entre Israel e Líbano", disseram os militares israelenses em sua declaração, publicada nas mídias sociais.
Na sexta-feira, outra pessoa foi morta em um ataque israelense a um veículo nos arredores da cidade de Frun, também no sul do Líbano, informou a NNA. O exército israelense confirmou o ataque e disse que o morto era "um terrorista do Hezbollah" cujas atividades violavam o cessar-fogo.
Israel lançou dezenas de bombardeios contra o Líbano, apesar do cessar-fogo de novembro de 2024, argumentando que está agindo contra as atividades do Hezbollah e afirmando que não está violando o pacto, embora tanto Beirute quanto o grupo tenham criticado essas ações, que também foram condenadas pelas Nações Unidas.
O cessar-fogo, alcançado depois de meses de combates após os ataques de 7 de outubro de 2023, estipulava que tanto Israel quanto o Hezbollah deveriam retirar suas tropas do sul do Líbano. No entanto, o exército israelense manteve cinco postos no território do país vizinho, algo que também foi criticado pelas autoridades libanesas e pelo grupo xiita, que exigem o fim desse posicionamento.
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