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MADRID 27 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu neste domingo ao seu homólogo francês, Emmanuel Macron, a presença "essencial" de uma representação europeia em uma possível cúpula presencial em Istambul (Turquia) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, como propôs o líder ucraniano.
As duas conversas com a Rússia resultaram em acordos adicionais sobre a troca de prisioneiros, mas Zelenski já propôs uma reunião, como lembrou no domingo, "no mais alto nível" com o presidente russo no final de agosto. A Rússia ainda não respondeu.
"A presença de representantes da Europa nessa reunião é essencial", disse Zelenski em seu relato de uma conversa na qual eles discutiram tanto questões de defesa quanto a política interna ucraniana, em particular seus esforços para conter a corrupção.
"Precisamos de proteção confiável contra mísseis e drones russos. Discutimos o fornecimento de mísseis adicionais para os sistemas SAMP/T e Crotale. Também discutimos longamente o financiamento da produção ucraniana de drones de todos os tipos", explicou o líder ucraniano.
Zelenski destacou a colaboração específica da França "no treinamento de pilotos ucranianos em aeronaves Mirage", uma cooperação que ele espera continuar nos próximos meses.
O presidente ucraniano garantiu que a "infraestrutura anticorrupção ucraniana" está agora "totalmente operacional", em resposta às solicitações de Bruxelas para facilitar seu processo de adesão, e lembrou a implementação de seu "projeto de lei presidencial" para "garantir a independência e a eficácia dos órgãos anticorrupção e impedir a influência russa sobre eles".
Por fim, Zelenski aproveitou a oportunidade para anunciar um decreto por meio do qual ele "sincronizará" os 18 pacotes de sanções promulgados pela UE contra a Rússia dentro da jurisdição da Ucrânia.
"Estamos trabalhando para garantir que nossas sanções sejam sincronizadas em todas as jurisdições parceiras. A pressão máxima por meio de sanções é o argumento mais eficaz para que a Rússia ponha fim a essa guerra", concluiu.
Macron, por sua vez, insistiu que "a Rússia deve finalmente aceitar um cessar-fogo que abra caminho para o diálogo sobre uma paz sólida e duradoura, com a participação dos europeus".
"Compartilhamos a convicção de que o que também distingue a Ucrânia da Rússia hoje é que, apesar da guerra, ela continua sendo uma democracia vibrante e pretende progredir ainda mais em seu caminho rumo à Europa. Nesse contexto, reafirmamos a importância da luta contra a corrupção, liderada por instituições independentes e totalmente eficazes", acrescentou.
"Estamos nos preparando para o futuro", acrescentou Macron, sem abordar o pedido do presidente ucraniano de uma presença europeia em uma possível cúpula.
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