MADRID, 19 nov. (EUROPA PRESS) -
O governo do Reino Unido disse na quarta-feira que um navio espião russo apontou lasers para aeronaves britânicas que monitoravam seus movimentos depois de realizar uma incursão em suas águas territoriais ao norte da Escócia.
"Esta ação russa é extremamente perigosa e é a segunda vez este ano que esta embarcação, o Yantar, entra em águas britânicas", disse o ministro da Defesa britânico, John Healey, em uma coletiva de imprensa na qual advertiu Moscou que Londres "está preparada" caso a embarcação "mude de rumo".
O incidente ocorreu quando a embarcação, que foi avistada em águas territoriais do Reino Unido em janeiro, estava sendo observada por uma fragata e por uma aeronave P-8 da Força Aérea Real após entrar em águas territoriais britânicas.
Healey disse que foi "a primeira vez" que esse navio espião russo, que tem a tarefa de "vigilância em tempos de paz e sabotagem em conflitos", realizou uma ação desse tipo contra a Força Aérea Real.
O ministro da defesa disse na quarta-feira que ordenou uma mudança nos regulamentos da marinha para que o navio espião russo, que é capaz de danificar oleodutos e cabos submarinos, possa ser rastreado mais de perto.
Em resposta, a embaixada russa em Londres pediu ao lado britânico que "se abstenha de medidas destrutivas que agravariam a crise no continente europeu", já que as ações de Moscou "não afetam os interesses do Reino Unido e não têm a intenção de prejudicar sua segurança".
"Londres, com sua postura russofóbica e crescente histeria militarista, está deteriorando ainda mais a segurança europeia e criando condições para novas situações perigosas", enfatizou a legação diplomática em um comunicado publicado no Telegram.
A esse respeito, a embaixada disse que as "acusações e suspeitas intermináveis" do governo britânico só provocam "risos" em Moscou. "Não temos nenhum interesse nas comunicações dos submarinos britânicos", disseram.
Isso ocorre depois que o governo britânico anunciou que o porta-aviões da Marinha Real, HMS Prince of Wales, e seus caças F-35 foram colocados sob o comando da OTAN para "fortalecer os laços de segurança europeus".
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático