Europa Press/Contacto/Mohammad Bashir Aldaher
As milícias curdo-árabes negam "categoricamente" as acusações: "A responsabilidade é das facções pró-governo".
MADRID, 22 dez. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos duas pessoas morreram e outras oito ficaram feridas em um atentado na cidade de Aleppo, no noroeste da Síria, em meio a acusações das autoridades instaladas no país após a queda do regime de Bashar al-Assad e da milícia curdo-árabe Forças Democráticas Sírias (SDF) sobre sua suposta responsabilidade.
O Ministério da Saúde da Síria indicou que os mortos são "um jovem e sua mãe", e entre os feridos estão dois menores de idade e dois membros da Defesa Civil, segundo um comunicado publicado em seu perfil na rede social Facebook, onde acrescentou que todos os feridos foram tratados e transferidos para hospitais para receber os cuidados médicos necessários.
O ministério, que disse estar "acompanhando a situação em Aleppo com preocupação, dada a contínua escalada militar", informou que o bombardeio tinha "como alvo as proximidades de centros médicos", o que constitui "um ato repreensível e um crime condenado pela lei, pela moralidade e pela soberania do Estado".
Mais cedo, o Ministério do Interior disse que os membros da SDF posicionados nos bairros de Seij Maqsud e Ashrafiyé haviam "traído" as forças de segurança interna estacionadas nos postos de controle conjuntos e abriram fogo contra eles, conforme relatado em seu canal Telegram.
Por sua vez, a SDF "negou categoricamente as acusações das agências militares e de segurança favoráveis ao governo de Damasco" de que seus membros estão atacando os bairros de Aleppo, alegando que, de acordo com o acordo de abril, eles cederam suas posições às forças de segurança interna.
"A responsabilidade recai sobre as facções fragmentadas alinhadas ao governo de Damasco, que têm criado crises deliberadamente nos últimos quatro meses, sitiando os bairros de Seij Maqsud e Ashrafiyah, e realizando repetidas provocações e ataques contra a população civil, enquanto o governo não toma nenhuma providência", disseram.
Eles disseram que, apesar do acordo, o bombardeio de bairros residenciais que "está ocorrendo hoje é uma consequência direta das ações dessas facções, especialmente no oeste e no norte de Aleppo", e afirmaram que "de suas posições, eles estão lançando foguetes com trajetórias militares claras em direção aos bairros da cidade, com o objetivo de minar a segurança e incitar a agitação".
"Essas facções intensificaram ainda mais seus ataques, enviando tanques e artilharia para bombardear os bairros (...) em uma escalada perigosa que ameaça a vida de civis e a estabilidade regional", acrescentaram as milícias curdo-árabes.
Embora o presidente transitório da Síria, Ahmed al Shara, tenha assinado um acordo com o comandante das SDF, Mazlum Abdi, em 10 de março, para a integração das instituições autônomas curdo-árabes ao Estado sírio, sua implementação foi adiada e levou a confrontos esporádicos.
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