Europa Press/Contacto/Sun Weitong
MADRID, 27 dez. (EUROPA PRESS) -
As Nações Unidas e a União Europeia saudaram a declaração de cessar-fogo acordada no sábado entre a Tailândia e o Camboja para pôr fim ao último episódio de um conflito transfronteiriço que deixou quase 100 pessoas mortas em duas semanas.
As tensões entre os dois países aumentaram à medida que mais ataques foram registrados na área de fronteira, com 96 pessoas mortas em ambos os territórios em dezembro. As autoridades tailandesas estimam em 23 o número de militares mortos, dos quais 42 civis foram mortos, enquanto outros 31 civis morreram em território cambojano.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou o acordo como uma janela para a criação de "um ambiente propício à paz duradoura". "As Nações Unidas estão prontas para apoiar os esforços para manter a paz e a estabilidade na região", disse ele.
Nas últimas semanas, os dois países trocaram várias acusações de provocações na fronteira, reacendendo a escalada de julho que levou ao acordo e que causou a morte de 50 pessoas e centenas de milhares de deslocados em apenas cinco dias.
Nesse contexto, "a União Europeia saúda o cessar-fogo assinado hoje pelo Camboja e pela Tailândia", mas aproveita a oportunidade para pedir a ambas as partes que usem de "boa fé" para implementá-lo e evitar o reinício das hostilidades.
A UE também agradece à Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) por seu papel de mediadora e pelo "papel positivo" que desempenhou nesse resultado.
Por fim, o comunicado da UE enfatiza que Bruxelas está pronta para fornecer "todo o apoio necessário" para consolidar o fim da violência.
Em uma das últimas reações, o principal funcionário de direitos humanos da ONU, o Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk, também saudou o fim do tiroteio, mas enfatizou a questão dos deslocados vulneráveis. "As comunidades afetadas e os migrantes devem receber toda a assistência necessária para voltar para casa em segurança", disse ele.
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