Publicado 18/12/2025 14:38

AMP - Lula se demite e assume que não haverá acordo neste fim de semana entre a UE e o Mercosul

20 de novembro de 2025, São Paulo, São Paulo, Brasil: Sao Paulo (SP), 20/11/2025 - Salon/Automobile/Lula/SP - Luiz Inacio Lula da Silva, Presidente do Brasil, durante discurso na abertura do Salão Internacional do Automóvel 2025, o evento é realizado no A
Europa Press/Contacto/Leco Viana, Leco Viana

O presidente brasileiro lamenta o bloqueio francês e espera que Meloni consiga convencer os agricultores italianos nas próximas semanas.

MADRID, 18 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, parece ter se conformado com o fato de que o acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul não será assinado no sábado, ao mesmo tempo em que lamenta o bloqueio exercido pela França e pela Itália a um acordo que beneficia mais os países europeus.

Lula tem feito todo o possível para que o acordo seja aprovado este ano, aproveitando o fato de ocupar a presidência pro tempore do Mercosul. "Se não for possível agora porque não está pronto, eu também não posso fazer nada", disse ele do Palácio do Planalto.

"Vamos esperar até amanhã, a esperança é a última coisa a ser perdida", admitiu o presidente brasileiro em uma coletiva de imprensa na qual enfatizou que o acordo "é extremamente importante do ponto de vista político".

"É um acordo que inclui 722 milhões de seres humanos, 22 trilhões de dólares, é um acordo que dá uma resposta de sobrevivência, uma oportunidade de manter vivo o multilateralismo (...) Por isso é importante", defendeu Lula, que garantiu que o bloco sul-americano fez muito mais concessões.

Ele explicou que sempre soube que o presidente da França, Emmanuel Macron, era o principal obstáculo para avançar com esse acordo - "eu até falei com a esposa dele para que ela abrisse o coração", disse - e que a "novidade" era que a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também não era a favor do acordo.

Lula observou que, embora não tivesse "muito a perder" com relação à agricultura e à pecuária brasileiras, "os franceses têm o direito de escolher o que acham melhor para eles" e que ficou "surpreso" com a posição de Meloni, que lhe garantiu, segundo ele, que poderia convencer os agricultores italianos.

"Ela me disse que não é contra o acordo (...) e que tem certeza de que pode convencê-los. Ela me pediu para ser paciente por uma semana, dez dias, um mês no máximo. Eu disse a ela que vou apresentar o que ela me disse na reunião do Mercosul e propor aos meus colegas que decidam o que fazer", disse Lula.

O Parlamento Europeu aprovou na terça-feira várias medidas para proteger o setor agrícola. O acordo com o Mercosul, que vem sendo negociado há 26 anos, deve ser endossado pelo Conselho Europeu, que se reunirá nesta quinta e sexta-feira, e votado nesta semana, para que possa estar pronto para assinatura na cúpula do Mercosul, que será realizada em Foz do Iguaçu neste sábado.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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