MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -
Os rebeldes Houthi do Iêmen reivindicaram a responsabilidade pelo lançamento de um míssil no aeroporto Ben Gurion, horas depois que as autoridades israelenses informaram que ele havia sido detectado, e também anunciaram que atacaram as cidades de Jaffa, Ascalon e Eilat com drones.
O porta-voz de operações militares do grupo, Yahya Sari, confirmou o ataque ao aeroporto próximo a Tel Aviv, "usando um míssil balístico hipersônico Palestina 2" e "em apoio ao povo palestino oprimido e seus mujahideen".
"A operação alcançou seu objetivo com sucesso, graças a Alá, fazendo com que milhões de rebanhos de usurpadores sionistas fugissem para refúgios seguros e interrompendo as operações do aeroporto", disse ele em sua conta no Telegram.
O porta-voz também anunciou o lançamento de "três operações militares dirigidas contra três alvos sensíveis pertencentes ao inimigo israelense nas áreas de Yaffa, Ascalon e Umm al Rashrash (...) usando três drones". Umm al Rashrash é o nome pelo qual os Houthis se referem à cidade israelense de Eilat, no Mar Vermelho.
A insurgência Houthi garantiu que "continuaremos até que a agressão contra Gaza pare e o bloqueio seja suspenso" contra o enclave palestino.
As autoridades israelenses afirmaram anteriormente ter interceptado um míssil lançado do Iêmen e alertaram que responderiam aos houthis da mesma forma que fizeram com o Irã. "Qualquer um que levantar a mão contra Israel será eliminado", ameaçou o ministro da Defesa, Israel Katz.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) informaram que, como resultado desse projétil, foram ativados alertas aéreos em várias áreas do território, incluindo as áreas metropolitanas de Tel Aviv e Jerusalém e o aeroporto Ben Gurion, logo após dois foguetes de Gaza terem sido interceptados.
"A lei do Iêmen é como a lei de Teerã. Depois de atacar a cabeça da serpente em Teerã, também atacaremos os Houthis no Iêmen", disse o ministro da defesa de Israel.
Os Houthis são um movimento político-militar que controla a capital do Iêmen, Sana'a, e outras províncias há mais de uma década. Eles são aliados próximos do Irã, que na semana passada encerrou uma guerra de 12 dias com Israel.
Da mesma forma, em solidariedade ao povo palestino, os houthis têm atacado Israel, bem como seus navios e americanos que cruzam o Mar Vermelho, em retaliação à guerra na Faixa de Gaza.
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