MADRID, 2 nov. (EUROPA PRESS) -
A polícia israelense informou no domingo que a ex-procuradora-chefe militar israelense, general Yifat Tomer Yerushalmi, que admitiu na sexta-feira ter divulgado o vídeo do estupro de um prisioneiro palestino por um grupo de reservistas militares israelenses, foi finalmente localizada. Mais cedo, o exército israelense disse que havia mobilizado "todos os meios" depois de confirmar o desaparecimento de Tomer Yerushalmi.
"Após uma busca por uma mulher desaparecida na área costeira de Herzliya, foi relatado que a mulher desaparecida foi localizada sã e salva", a Polícia de Israel postou em sua conta em hebraico no site de rede social X.
Anteriormente, o chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, havia ordenado "o uso de todos os meios à disposição das Forças de Defesa de Israel (IDF) para tentar localizá-la o mais rápido possível".
A declaração militar também indicou que Tomer Yerushalmi "está desaparecida" e enfatizou que a última pista aponta para sua presença na praia de Hatzuk, em Tel Aviv.
Tomer Yerushalmi admitiu ter vazado o vídeo do estupro na prisão da base militar de Sde Teiman há um ano, em um caso que disparou o alarme dentro das Forças Armadas. Tomer Yerusahlmi acabou se demitindo e será interrogado nos próximos dias no contexto desse caso.
Em sua defesa, ela confessou que foi "pessoalmente responsável" pelo vazamento do vídeo, antes de explicar que aprovou a divulgação do material em uma tentativa de "combater a propaganda falsa direcionada às forças do Estado", de acordo com o The Times of Israel.
O vídeo mostra os soldados escolhendo um homem deitado nu no chão da base de Sde Teiman. Os soldados então o colocam próximo a uma parede e o estupram enquanto se cobrem com escudos para esconder sua identidade.
Mais cedo no domingo, os reservistas acusados do estupro apareceram diante da mídia mascarados para proclamar sua inocência.
"Em vez de um abraço, recebemos acusações, e não nos foi permitido responder. Eles fizeram um julgamento simulado como se já tivessem decidido quem era o culpado. Não vamos nos calar. Continuaremos a lutar. Só pedimos justiça", proclamou um porta-voz da reserva na audiência, relatada pelo jornal 'Yedioth Aharonoth'.
Um dos advogados do grupo, Moshe Polsky, denunciou o vazamento do promotor militar como tendo manchado todo o processo judicial e exigiu uma reavaliação completa dos procedimentos. "Durante todo o incidente, o Ministério Público Militar demonstrou falta de discrição. O promotor superou sua posição. É impossível continuar a gerenciar esse processo e tudo deve ser completamente revisado", disse ele.
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