Publicado 13/04/2025 23:28

AMP: A autoridade eleitoral do Equador declara Noboa vencedor da eleição presidencial

Um grupo de eleitores espera para votar no segundo turno das eleições presidenciais do Equador na seção eleitoral montada no IFEMA em Madri, Espanha.
Europa Press/Contacto/David Canales

Noboa: "Essa vitória foi histórica, uma vitória de mais de dez pontos".

Gonzalez denuncia "a pior e mais grotesca fraude eleitoral da história" do país latino-americano

MADRID, 14 abr. (EUROPA PRESS) -

O atual presidente do Equador e candidato conservador, Daniel Noboa, venceu o segundo turno das eleições presidenciais realizadas neste domingo com mais de onze pontos percentuais sobre sua rival, a correista Luisa González, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Noboa, que concorre sob a bandeira do partido Ação Democrática Nacional (ADN), obteve 55,85% dos votos, em comparação com 44,15% para a líder do Movimento Revolução Cidadã (RC) Luisa González, apoiada por vários partidos progressistas.

A presidente do CNE, Diana Atamaint, disse em uma coletiva de imprensa que, com "mais de 90%" dos votos apurados, "foi estabelecida uma tendência irreversível nos resultados do segundo turno". "A autoridade eleitoral considera que o binômio vencedor corresponde à lista da Ação Democrática Nacional (ADN), formada por Daniel Noboa Azín e María José Pinto", anunciou.

Atamaint, que transmitiu as "sinceras felicitações" do CNE "àqueles que conquistaram a confiança do povo equatoriano", enfatizou que o "desenvolvimento pacífico, transparente e ordenado desse processo, no qual a participação dos cidadãos foi exemplar".

"Após uma árdua tarefa de organização, supervisão e contagem, entregamos os resultados oficiais, que são um reflexo fiel da vontade popular expressa nas urnas. Reiteramos nosso compromisso com a democracia, a legalidade e o respeito absoluto à decisão de cada eleitor, agradecendo àqueles que tornaram possível esse dia de cidadania", disse ele.

Nesse sentido, o presidente do órgão eleitoral indicou que "a democracia é fortalecida quando a voz do povo é respeitada e hoje essa voz foi ouvida claramente, mas acima de tudo foi respeitada".

NOBOA: "ESTA VITÓRIA FOI HISTÓRICA".

Depois de conhecer os resultados do CNE, Noboa, que se tornou o segundo presidente da Ecaudor a ser reeleito desde o retorno da democracia, comemorou uma vitória que "foi histórica", pois obteve mais de dez pontos percentuais a mais do que González, e destacou um triunfo com uma diferença "de mais de um milhão de votos, em que não há dúvida sobre quem é o vencedor".

O atual chefe de Estado enfatizou que a campanha foi "cheia de conflitos" e "cheia de brigas". "Vimos denegrir toda a imagem de um presidente que sempre buscou o progresso, a justiça e a liberdade para todos os equatorianos", lamentou.

No entanto, ele comemorou o fato de que o país "está mudando" e "escolheu um caminho diferente" que busca garantir que as novas gerações "vivam melhor" do que as atuais, "tenham uma vida mais digna, uma vida mais justa, uma vida mais transparente, um governo mais transparente, instituições mais transparentes e progresso".

GONZÁLEZ NÃO RECONHECE OS RESULTADOS

No entanto, González denunciou "a pior e mais grotesca fraude eleitoral da história" do país latino-americano: "Recuso-me a acreditar que exista um povo que prefira a mentira à verdade, a violência à paz e à unidade", disse ele a seus partidários.

"Por essa razão, todas as pessoas que se uniram contra a violência, contra as mentiras, vamos pedir uma recontagem e a abertura das urnas", disse ele, antes de denunciar o "abuso de poder" e o "atropelamento dos direitos dos cidadãos".

A candidata progressista criticou o fato de que nenhum dos institutos de pesquisa deu a margem de vitória que Noboa obteve durante o dia, enquanto muitos a declararam vencedora. "Hoje, mais do que nunca, temos que estar atentos ao que o chamado presidente da República está fazendo, porque ele não tem o apoio do povo. Porque eles estão cometendo fraude, a fraude mais grotesca, e eu a denuncio publicamente", reiterou.

Ele também considerou que o Equador "não pode continuar sendo governado por alguém que é incapaz de conduzir o país à paz, à não-violência e ao desenvolvimento; alguém que só sabe fazer negócios para sua família, perseguir e odiar o povo equatoriano".

As duas pesquisas de boca-de-urna oficiais apresentaram um resultado contraditório, mas muito próximo entre os dois: Telcodata previu uma vitória de Noboa com 51,2% contra 48,8% de González, enquanto Corpmontpubli previu uma vitória de González com 51,99% contra 48,01% de Noboa.

Os dois vêm disputando a presidência do Equador depois de terem terminado quase empatados no primeiro turno, realizado em 9 de fevereiro. Vale a pena mencionar que o comparecimento às urnas nessas eleições chegou a 83,76%, superando a porcentagem do primeiro turno em mais de 1,5 ponto percentual, embora o voto seja obrigatório para pessoas entre 18 e 65 anos de idade.

O chefe da Missão de Observação da União Europeia, Gabriel Mato, enfatizou a "normalidade" e a "calma" durante as primeiras horas de votação. Ele também pediu para aguardar os resultados do CNE, lembrando que ele é "o único que pode" fornecê-los. "Vamos todos ter a paciência necessária para esperar por um resultado que marcará o futuro do Equador", acrescentou.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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