Publicado 09/12/2025 12:26

Alemanha diz que nova estratégia de segurança dos EUA contém pontos "inaceitáveis" para a Europa

8 de dezembro de 2025, Londres, Inglaterra, Reino Unido: O chanceler alemão FRIEDRICH MERZ deixa o 10 Downing Street após uma reunião com o presidente da França, Emmanuel Macron, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, e o primeiro-ministro britânic
Europa Press/Contacto/Wiktor Szymanowicz

Merz conclama Washington a "fazer de Berlim seu parceiro" se "não puder fazer nada com a Europa".

MAGUNCIA (ALEMANHA), 9 (DPA/EP)

O chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, criticou na terça-feira a nova estratégia de segurança nacional publicada pelos Estados Unidos e disse que, embora "algumas coisas sejam compreensíveis", outras "são inaceitáveis" para os países europeus, em linha com a maioria das críticas do continente.

"Algumas coisas são compreensíveis, outras são compreensíveis, mas outras são inaceitáveis para nós do ponto de vista europeu", disse ele após uma reunião com Alexander Schweitzer, o primeiro-ministro regional do estado federal da Renânia-Palatinado.

"Não vejo nenhuma necessidade de os americanos quererem salvar a democracia na Europa agora. Se ela tivesse que ser salva, nós mesmos o faríamos", disse ele, antes de afirmar que o documento está mais ou menos de acordo com as declarações feitas em fevereiro pelo vice-presidente dos EUA, JD Vance, na Conferência de Segurança de Munique.

No que diz respeito à cooperação em segurança, Merz enfatizou que sua opinião foi confirmada de que "na Europa e, portanto, também na Alemanha, devemos muito mais independência em relação aos Estados Unidos na política de segurança".

Merz também indicou que entende o conceito de "America First" do governo de Donald Trump, mas que não faz sentido transformá-lo em "America alone", conforme relatado pela agência de notícias alemã DPA.

"Você também precisa de parceiros no mundo, e um deles pode ser a Europa. Se não puderem fazer nada com a Europa, pelo menos façam da Alemanha sua parceira", enfatizou, ao mesmo tempo em que destacou que ambos os lados têm um objetivo comum, que ele descreveu como "a preservação da liberdade, da segurança e da paz" no continente.

"Espero que os americanos nos sigam nesse caminho, que eles considerem isso correto e necessário também em seu próprio interesse. Caso contrário, devemos pelo menos estar preparados mentalmente e, um dia, também de fato", concluiu o chanceler alemão.

O documento, divulgado na sexta-feira pela Casa Branca, defende a superação de uma brecha entre a Europa e a Rússia que, na visão de Washington, exemplifica melhor a "falta de autoestima" e a ameaça de "apagamento" que agora assola a "civilização europeia", antes de observar que, como resultado da guerra da Rússia na Ucrânia, as relações europeias com a Rússia foram significativamente atenuadas e muitos europeus veem a Rússia como uma ameaça existencial".

O resultado dessa aproximação é um "risco de conflito" entre a Rússia e os países europeus, que os EUA querem aliviar por meio de uma "rápida cessação das hostilidades na Ucrânia" para evitar uma "escalada da guerra". Mas também defendem a "restauração da estabilidade estratégica com a Rússia" e, por fim, a facilitação da "reconstrução da Ucrânia após as hostilidades para permitir sua sobrevivência como um estado viável".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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