JERUSALÉM 31 jul. (DPA/EP) -
O ministro alemão das Relações Exteriores, Johann Wadephul, alertou nesta quinta-feira que "Israel corre o risco de ficar cada vez mais isolado" internacionalmente por causa da ofensiva do exército israelense na Faixa de Gaza, onde mais de 60.200 palestinos foram mortos, mas disse que "é tarefa da Alemanha fazer todo o possível para evitar isso".
"Em muitos aspectos, o processo de paz no Oriente Médio e, em última análise, toda a região está em uma encruzilhada. Israel corre o risco de ficar cada vez mais isolado internacionalmente. Vejo como tarefa da Alemanha fazer todo o possível para evitar isso", disse ele após conversas com líderes israelenses em Jerusalém sobre as condições no enclave palestino.
Quanto à situação da população palestina em Gaza, o chefe da diplomacia alemã considerou que "é necessária uma melhoria fundamental" e que "é uma situação completamente inaceitável que deve mudar imediatamente".
Ele também pediu um cessar-fogo, argumentando que "pausas" militares não são suficientes. "É hora de pôr fim a esta guerra", disse ele, indicando que os apelos são dirigidos principalmente ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que deve reconhecer que "é hora de libertar os reféns".
Wadephul reuniu-se com seu colega israelense, Gideon Saar, bem como com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o presidente Isaac Herzog. Ele discutiu as conversas na União Europeia sobre possíveis sanções contra Israel e a crescente disposição de reconhecer a Palestina como um Estado.
Mais tarde, na sexta-feira, o ministro alemão - que assumiu o cargo em maio - se reunirá com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, para discutir a escalada da violência dos colonos israelenses contra os palestinos na Cisjordânia.
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