Ele pede que Teerã cumpra suas obrigações de acordo com o Tratado de Não-Proliferação e retome a cooperação com a agência nuclear da ONU.
MADRID, 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores, União Europeia e Cooperação, José Manuel Albares, expressou sua preocupação ao diretor-geral da agência nuclear da ONU, Rafael Mariano Grossi, nesta sexta-feira, em relação à decisão do Irã de romper relações com a organização, e pediu a Teerã que restabeleça seus vínculos com esse "órgão vital".
O Irã acusou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e seu diretor de serem cúmplices dos ataques israelenses e norte-americanos contra o país - e suas instalações nucleares em particular - ao fornecer informações imprecisas sobre o programa nuclear da República Islâmica.
Especificamente, o governo iraniano acusou Grossi de "obscurecer a verdade" com um "relatório tendencioso" que foi "instrumentalizado" pelo E3 - França, Reino Unido e Alemanha - e pelos EUA para preparar a resolução aprovada em 12 de junho, um dia antes do início dos ataques israelenses, pelo Conselho de Governadores da AIEA, que considerou que o Irã estava violando suas obrigações pela primeira vez em duas décadas.
Nesse contexto, "a Espanha vê com preocupação a decisão do Irã de suspender sua cooperação", disse Albares em uma mensagem em sua conta no X publicada na sexta-feira, dia em que foi anunciado que os inspetores da AIEA que permaneciam no Irã já haviam deixado o país.
Albares também pediu ao Irã que "retome as negociações" e "cumpra as obrigações de seu Acordo de Salvaguardas", um pacto assinado em novembro de 2024 entre o Conselho de Governadores da AIEA e o Irã sob o Tratado de Não Proliferação, o mesmo acordo que a AIEA alegou que o Irã estava violando antes dos ataques israelenses.
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