MADRID 22 nov. (EUROPA PRESS) -
A África do Sul, que detém a presidência rotativa do G20 até o final da cúpula deste fim de semana em Joanesburgo, expressou sua recusa em entregar formalmente o mandato simbólico ao próximo país no comando, os Estados Unidos, devido à ausência de uma representação americana de alto nível.
"O presidente (Cyril Ramaphosa) não vai entregá-lo a um funcionário júnior da embaixada. Isso é contra o protocolo e não será aceito ou permitido neste momento", disse o porta-voz da presidência sul-africana, Vincent Magwenya, em um comunicado oficial.
"Comunicamos o fato oficialmente e publicamente. Isso nunca foi feito antes e não vai acontecer agora com a África do Sul", acrescentou.
Magwenya enfatizou que se tratava de "uma questão de princípio": Os Estados Unidos optaram por não participar da cúpula. Essa é a escolha deles e eles têm a prerrogativa de fazer isso, mas o que não pode acontecer é forçar uma quebra de protocolo", argumentou.
O porta-voz defendeu a posição da África do Sul de "sempre se envolver com outros países de maneira respeitosa e atenciosa, como sempre fizemos" e "particularmente com os Estados Unidos, levando em conta todos os obstáculos que enfrentamos para restabelecer esse relacionamento".
No entanto, "não podemos flexibilizar as regras para um país". "Temos que respeitar os países que estiveram envolvidos no processo, que trabalharam incansavelmente para fazer deste G20 o sucesso que é agora. Temos que ir além disso", reiterou.
Nos últimos dias, surgiu a informação de que os Estados Unidos pretendiam enviar um diplomata, especificamente no nível de encarregado de negócios da embaixada, para receber a presidência rotativa da cúpula do G20 em Joanesburgo.
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