MADRID 19 nov. (EUROPA PRESS) -
As autoridades da Faixa de Gaza, controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), informaram na noite de quarta-feira que 25 pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas nos bombardeios do exército israelense contra o enclave, apesar do cessar-fogo alcançado em 10 de outubro entre as partes.
O Ministério da Saúde de Gaza disse em um breve comunicado publicado em seu canal Telegram que "o número preliminar" de vítimas tratadas em hospitais no enclave palestino "durante a escalada de violência desta noite é de 25 mártires e mais de 77 feridos, incluindo casos críticos".
O Hamas "condenou veementemente o horrível massacre israelense de hoje" na Cidade de Gaza (norte) e em Khan Younis (sul), chamando-o de "uma escalada perigosa com a qual o criminoso de guerra Benjamin Netanyahu (primeiro-ministro de Israel) busca retomar o genocídio contra" o povo palestino.
Ele rejeitou as alegações de Israel de que "suas forças foram atacadas como uma tentativa frágil e óbvia de justificar seus crimes e violações contínuos" e enfatizou que centenas de palestinos foram mortos desde a assinatura do acordo de cessar-fogo, enquanto o país continua a violar o pacto ao se recusar a abrir a passagem de Rafah para ajuda humanitária.
Portanto, ele pediu ao governo dos EUA, liderado por Donald Trump, que "honre seus compromissos declarados e exerça pressão imediata e firme para controlar" Israel e "forçá-lo a respeitar o cessar-fogo e cessar sua agressão". Ele também pediu que "os mediadores - Egito, Catar e Turquia - como garantidores do acordo, honrem seus compromissos e forcem a ocupação criminosa a acabar imediatamente com as violações que ameaçam o cessar-fogo".
Horas antes, o exército israelense havia relatado o lançamento de "ataques contra alvos da organização terrorista Hamas em pontos da Faixa de Gaza" depois que "terroristas dispararam contra uma área onde" suas tropas estão operando em Khan Younis, "em violação ao acordo de cessar-fogo". "Não há vítimas entre nossas forças", enfatizou ele, antes de reiterar que os militares "estão posicionados na área e continuarão a operar para eliminar qualquer ameaça imediata".
Horas antes, o ministério havia aumentado para 280 o número de palestinos mortos por ataques israelenses desde que o cessar-fogo entrou em vigor, há pouco mais de um mês, período em que 672 palestinos ficaram feridos e 571 corpos foram recuperados de áreas que antes eram inacessíveis devido à presença de tropas israelenses ou ataques do exército israelense.
Desde o início da ofensiva israelense, após os ataques do Hamas e de outras milícias palestinas em 7 de outubro de 2023, as autoridades da Faixa relataram mais de 69.500 mortos e 170.700 feridos.
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