MADRID 10 mar. (EUROPA PRESS) -
O Real Madrid enfrenta nesta quarta-feira (21), às 21h, o jogo de volta das oitavas de final da Liga dos Campeões contra o Atlético de Madrid, após a vitória por 2 a 1 no jogo de ida e agora com o Riad Air Metropolitano como palco, um local quase inexpugnável na temporada 2024-2025 e que não traz boas lembranças para a equipe madrilenha.
Apenas uma derrota em casa até agora nesta temporada - contra o time francês Lille (1-3) na primeira rodada da Liga dos Campeões e no pior momento do ano para Los Colchoneros - são os dados aos quais a equipe vermelha e branca se agarra para o segundo jogo do clássico das oitavas de final da Liga dos Campeões. O "fator Metropolitano" pode ser crucial em um empate muito equilibrado após a vitória do Real Madrid por 2 a 1 no jogo de ida.
E o fato é que o estádio vermelho e branco é uma verdadeira fortaleza para o time da casa, quase inexpugnável nesta temporada. Até agora, em 2024/25, o Atleti tem 14 vitórias, quatro empates e apenas uma derrota sem sofrer gols contra os gauleses em 19 partidas disputadas em seu estádio. Os homens de Simeone marcaram 38 gols (2 em média por jogo), enquanto sofreram apenas 14 gols (menos de 0,4 em média), mantendo nove partidas sem sofrer gols.
Esses números falam da confiabilidade e da consistência do Atlético diante de sua torcida, convencidos de que é a partir daí que eles devem construir a recuperação contra o seu bête noire na Liga dos Campeões, com apenas uma vitória em 90 minutos e a quem nunca venceram na principal competição continental de clubes.
E isso se torna ainda mais importante devido às recentes visitas do Real Madrid ao Metropolitano, que não animam o otimismo dos madridistas. Desde que os Rojiblancos se mudaram do Vicente Calderón para sua nova casa, os Merengues visitaram seus rivais regionais um total de nove vezes. E esses clássicos na casa dos vermelhos e brancos sempre foram sinônimo de igualdade, com até cinco empates nos 90 minutos.
O Real Madrid conquistou sua primeira vitória no Metropolitano em sua segunda visita, em fevereiro de 2019, na LaLiga, com um placar claro de 1 a 3, em um dos clássicos mais abertos que o estádio do Atleti já recebeu. Sua segunda e última vitória no estádio do rival da capital só veio em setembro de 2022, mais de três anos depois, com um placar de 2 a 1.
No total, em nove visitas, o Los Blancos só venceu em duas ocasiões, com quatro empates e três derrotas. Dessas, duas foram muito dolorosas para o Los Blancos, sendo a mais recente em janeiro do ano passado, quando foi eliminado pelo Atleti nas oitavas de final da Copa do Rei, perdendo por 4 a 2 depois de ir para a prorrogação com o placar de 2 a 2.
Essa derrota deixou a equipe de Ancelotti irritada, pois não conseguiu manter o título da Copa del Rey, embora terminasse o ano vencendo a LaLiga e a Liga dos Campeões. No entanto, a derrota por 3 a 1 que a equipe de Simeone infligiu ao Real Madrid em setembro de 2023, a única mancha do Los Blancos na LaLiga na última temporada, foi ainda mais enfática.
Na verdade, na última temporada, apenas o Atlético de Madrid e o Metropolitano conseguiram parar um Real Madrid quase perfeito, que sabe que é vital neutralizar o elo negativo que o une ao estádio vermelho e branco para se manter vivo em sua competição fetiche.
Além disso, as "rachaduras" do Madrid, como Kylian Mbappé, que não jogou na La Liga no estádio vermelho e branco, Jude Bellingham, que ainda não marcou em um clássico, ou Vinícius Júnior, incapaz de mostrar seu melhor nível contra o time de Cholo, ainda não explodiram em um clássico.
O HISTÓRICO ADVERTE O REAL MADRID
Da mesma forma, essa situação de chegar ao jogo de volta com uma vantagem de um gol após vencer o jogo de ida na era da Liga dos Campeões só aconteceu em cinco ocasiões na história do Real Madrid, e o time só saiu vitorioso em uma delas, há mais de 10 anos.
Foi nas semifinais da temporada 2013-2014, quando o Santiago Bernabéu sediou o jogo de ida contra o temido Bayern de Munique. Os Blancos resistiram ao ataque alemão e aproveitaram a boa jogada de Fábio Coentrão para colocar Karim Benzema na frente do placar em Munique, onde nunca haviam vencido antes.
Mas, naquela ocasião, em um jogo de volta que veio com um pouco de alarde na mídia, o Real Madrid entrou na Allianz Arena e goleou o Bayern de Pep Guardiola por 4 a 0, em uma temporada em que o clube conquistaria a décima Copa da Europa de sua história.
Nas quatro ocasiões anteriores, vencer o jogo de ida em casa por um gol de diferença era sinônimo de eliminação da Copa da Europa. E o time que mais castigou o Los Blancos nessa situação foi a Juventus. O time de Turim venceu pela primeira vez nas quartas de final em 1996, depois de um gol do jovem Raúl González no jogo de ida, ganhando por 2 a 0 no Delle Alpi com gols de Alessandro Del Piero e Michele Padovano.
Nas semifinais de 2003, a "Juve" cruzou seu caminho novamente, então nas semifinais. Os Merengues venceram por 2 a 1 no Bernabéu, mas perderam por 3 a 1 na capital piemontesa, com um time liderado pelos artilheiros daquele dia, Pavel Nedved, Del Piero e David Trezeguet, e em uma noite em que Luis Figo perdeu um pênalti importante aos 2 a 0.
Dois anos depois, nas oitavas de final, um gol do atacante francês empatou o jogo de ida em 1 a 0 com Ivan Helguera, mas os gols de Marcelo Zalayeta e Alessio Tacchinardi na prorrogação selaram a vitória da equipe de Vanderlei Luxemburgo.
Em 2007, também nas oitavas de final, foi o Bayern que fez valer o placar de 3 a 2 no Bernabéu e aproveitou os dois gols marcados fora de casa para vencer o jogo de volta por 2 a 1 em casa, com o gol de Roy Makaay, que ainda é o mais rápido da competição, com 10,12 segundos.
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