MADRID 6 jul. (EUROPA PRESS) -
A treinadora da seleção feminina de futebol, Montse Tomé, confessou que não quer "nada que tire sua equipe do sério", nem o status de favorita nem a goleada na estreia contra Portugal, antes de uma segunda partida na Euro 2025 em que a Bélgica alertou para a possível intenção de tirar a bola da Espanha.
"Logo após Portugal entrar em campo, dissemos aos jogadores que era hora de aproveitar, era hora de ficar feliz, sorrir e apreciar a vitória, porque não foi fácil. Os jogadores estão treinando muito bem, passamos a eles a mensagem de que só ganhamos um jogo, que temos de manter os pés no chão, ser humildes e continuar trabalhando", disse ele na coletiva de imprensa antes do jogo na Arena Thun (Suíça).
Por outro lado, Tomé não deu pistas sobre o goleiro, embora tenha confessado que esperavam que a recuperação de Cata Coll "fosse mais rápida", nem sobre a possível escalação de Aitana Bonmatí como titular. "Ela tem uma capacidade mental brutal, está muito focada no Campeonato Europeu e foi uma pena que ela tenha passado por isso, com o medo, entre aspas, quando sabíamos o que estava acontecendo com ela", explicou.
"Ela se recuperou muito rapidamente e, no outro dia, conversando com os serviços médicos, ela jogou o máximo que pôde, priorizando sua saúde, e acho que temos de estar nessa linha. A Aitana está disponível e então veremos o que a equipe precisa da Aitana, que é sempre tudo e o que é mais apropriado", acrescentou.
Sobre essa posição, Tomé foi perguntado sobre a grande atuação de Vicky López contra as portuguesas e sobre as chances de a jovem meio-campista manter seu lugar no time titular. "A Espanha tem a sorte de contar com muitas jogadoras muito talentosas e com capacidade de se adaptar a diferentes posições. Acho que todas as jogadoras podem jogar juntas, independentemente do time que colocarmos em campo. O que nos dá tranquilidade é saber que todas as jogadoras estão bem", disse ela, sem falar em "rodízio".
A treinadora da seleção nacional, que não teve nada a dizer sobre a mensagem deixada por Jenni Hermoso na TVE antes da partida contra Portugal, explicou que precisa ter um "lado frio e profissional" ao tomar suas decisões. "Não gosto muito de falar sobre rodízios porque acho que todos os jogadores que temos podem jogar em qualquer partida", disse ela.
Tomé também reconheceu que analisa os jogos recentes contra os belgas. "É claro que eu olho para esses jogos porque é o mesmo técnico, porque é a coisa mais recente que tivemos com essa equipe e, mesmo que eles tenham jogado jogos diferentes, eles repetiram a estrutura", disse ele.
"Se conseguirmos dominá-la, será um jogo em que eles vão se defender e sair rápido. Eles têm uma ideia clara do que jogam, acreditam nessa forma de jogar e é uma equipe que vejo com bons olhos", acrescentou, embora tenha sido questionada sobre as declarações dos belgas na coletiva de imprensa sobre o trabalho que vêm fazendo para tentar desafiar a equipe espanhola pela bola.
"Embora eles tenham jogadores na frente que correm muito, eles também tentam colocar a bola para dentro e criar parcerias. Eu não ficaria surpreso se eles quisessem, às vezes quando você pensa 'como eu defendo a Espanha, tirando a bola deles'. Vamos ver se eles conseguem, vamos ver, vamos trabalhar em tudo e levar tudo em conta", confessou.
Por outro lado, Tomé aceitou o rótulo de favorita, mas deixou claro que isso não é algo que tire sua equipe do sério. "Estamos ouvindo, mas dentro de uma mensagem de muita calma, muito trabalho, muita concentração no plano, no trabalho, porque acho que é isso que nos ajuda a aproveitar o dia a dia", disse.
"Se pensarmos mais em mensagens externas que não controlamos, que podem ser mais ou menos verdadeiras, se pensarmos em ter vencido sem ter jogado, sem ter trabalhado, não acho que isso nos permitiria ser competitivos, nem trazer à tona todo o talento que podemos ter. Acho que estamos formando uma equipe profissional de alto nível e não queremos que nada nos distraia", acrescentou.
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