MADRID 6 jun. (EUROPA PRESS) -
O presidente da FIBA Europa, Jorge Garbajosa, deixou claro na sexta-feira que eles estão comprometidos com "um modelo" baseado em ligas nacionais e equipes nacionais, que é o compartilhado pela NBA com vistas à sua futura chegada ao Velho Continente, e disse, em referência à posição que a Euroliga pode ter, que "13 clubes não podem decidir como outros 600 jogam".
"Defendemos um modelo de esporte no qual não apenas as seleções nacionais tenham um lugar decisivo no calendário, mas os clubes, as ligas nacionais tenham a importância que deveriam ter. Se matarmos as ligas nacionais, se não as promovermos ou não lhes dermos valor, o resto cairá, é a base da pirâmide", disse Garbajosa à imprensa ao chegar à Convenção Esportiva ISDE em Madri.
O dirigente lembrou que no verão passado, durante os Jogos Olímpicos de Paris, o comissário da NBA, Adam Silver, já havia dito "publicamente" que havia "uma opção a ser explorada na Europa" e que "a primeira coisa" que eles disseram "muito claramente" é que seu "parceiro" para esse projeto na Europa é a "FIBA".
"Acredito que esse modelo em que a NBA já disse que compartilha os valores e os princípios básicos da FIBA, que é o valor das equipes nacionais, o valor das competições nacionais e a proteção do jogador. A partir daí, vamos trabalhar e explorar as opções que pudermos", acrescentou.
Além disso, Garbajosa foi claro sobre a posição da Euroliga. "Este não é um projeto contra ninguém. A Euroliga é uma competição e há algo que sempre dissemos, que 13 clubes, com o maior respeito por eles porque têm uma enorme importância nos diferentes países e com os quais temos boas relações pessoais, não podem decidir como o resto dos 600 clubes da Europa jogam", afirmou.
"O que estamos buscando é um equilíbrio, mas, insisto, esse não é um projeto contra ninguém. Como Pau Gasol, um cara que levamos em conta quando ele fala, disse muito bem, há um problema a ser resolvido e há uma opção a ser explorada e vamos tentar fazer isso", disse ele.
O presidente da FIBA Europa também se referiu à mudança do All-Star na NBA, com um confronto entre os Estados Unidos e o resto do mundo. "Muitas vezes, quando você tem que enfrentar um momento de mudança, a mudança às vezes causa um 'pouquinho' de rejeição ou vertigem. Estou muito animado com isso, acho que estamos em um momento em que temos de nos adaptar tanto economicamente quanto em um nível puramente esportivo", refletiu.
Para o espanhol, "o consumidor está exigindo modernidade, um 'pouquinho' de novo ímpeto". "Portanto, estamos agora no processo de ver aonde vamos chegar e corremos o risco de estarmos errados, mas é para isso que somos pagos e é por isso que estamos nas posições que gostamos de dizer que fomos escolhidos. Na FIBA Europa, no futebol feminino, mudamos todo o sistema de competições, Eurobasket, Euroleague e sempre em coordenação com as ligas. Está na hora do futebol masculino? Vamos em frente", alertou.
Questionado sobre a renovação da equipe nacional masculina e suas opções no próximo Eurobasket, ele lembrou que foram "muitos anos" falando sobre algo que é "um processo constante de transição para o futuro". "Talvez agora, por causa dos nomes dos ícones, Rudy (Fernández), 'Chacho' (Rodríguez), Llull, esteja chamando um pouco mais de atenção, mas acho que essa renovação é constante", disse.
"Agora, na FIBA Europa, converso com todas as federações, e isso me faz rir, porque todas acabam dizendo que a Espanha não está em seu melhor momento, mas que sempre compete e sempre deve ser levada em conta. E acho que esse selo é o que dá tanto valor à seleção espanhola de basquete", comentou o ex-jogador.
ELOGIOS ÀS QUALIDADES PESSOAIS DE RICKY RUBIO
Por fim, ele foi questionado sobre as mensagens enigmáticas que Ricky Rubio tem postado nas redes sociais e sua possível aposentadoria definitiva. Garbajosa confirmou que conversou com o armador "na quinta-feira" e que o que ele disse lhe causou "arrepios", sem querer revelar nada. "Ele tem que falar. Permita-me, porque é algo tão pessoal e tão íntimo para ele, que deve ser ele a falar e não eu. Tudo o que posso dizer é que o amo muito e que tenho orgulho de ser seu amigo", limitou-se a comentar.
O campeão mundial de 2006 confirmou que o catalão lhes deu um presente especial na forma de uma camiseta, "super especial" porque é a "segunda pele". "É a mensagem, é a pessoa, é o pequeno detalhe que ele teve com alguns de nós, entre os quais tenho a honra de me incluir, e que usamos juntos por algum tempo", disse ele.
"O que podemos dizer sobre a pessoa, porque já conhecemos o jogador, mas Ricky é um cara que amadureceu muito rápido na vida, tanto pessoal quanto profissionalmente, e isso implica certos riscos. E a capacidade do Ricky de assumir o que não precisava, provavelmente pela idade, como eu insisto, desde jogar uma final de Jogos Olímpicos até coisas pessoais que infelizmente ele teve que passar, que fizeram dele alguém com uma capacidade de sensibilidade, de análise profissional e pessoal, uma pessoa que é um dos maiores privilégios que eu tenho em ter me dedicado ao basquete, é compartilhar a vida com vocês", destacou o dirigente.
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