Oscar J. Barroso / AFP7 / Europa Press - Arquivo
MADRID 15 dez. (EUROPA PRESS) -
O presidente da LaLiga, Javier Tebas, garantiu que as palavras sobre o "caso Negreira" proferidas pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez, durante seu discurso na segunda-feira não respondem à "indignação", mas são "teatro", e defendeu que a LaLiga "não constrói narrativas".
"Eles não constroem a história, presidente. Em um processo judicial, a intervenção não é feita a bel-prazer da parte interessada, mas de acordo com a ordem legal de comparecimento ao processo. A ordem foi clara e categórica: o promotor, o advogado de Estrada Fernández, LaLiga (embora tenhamos atuado perante a Fiscalía) e, por fim, o Real Madrid, que foi o último a comparecer. O senhor não se lembra por que foi o último? Passividade, então", disse ele em sua conta na rede social X.
Nesta segunda-feira, durante seu discurso no almoço de Natal com a imprensa realizado na Ciudad Real Madrid, Florentino Pérez bradou contra a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e a LaLiga pelo "caso Negreira". "Como vamos esquecer o maior escândalo da história do futebol no mundo? Como é possível que a RFEF e a LaLiga, que deveriam zelar pela integridade da competição e garantir que a justiça seja feita, se comportem dessa maneira? Por que eles são tão passivos? Acredito que um dia também descobriremos", disse o presidente da LaLiga.
Tebas lembrou ao presidente do Madri que "o promotor público fez 19 perguntas, o advogado de Estrada fez duas, antes da pergunta feita pelo advogado da LaLiga". "E deve ser enfatizado que as questões que o Real Madrid tentou levantar depois já haviam sido respondidas por Luis Enrique e Valverde", disse ele.
"Falar de "passividade" nesse contexto não é apenas desprezar o procedimento judicial, mas desrespeitar a inteligência de qualquer pessoa que saiba como funciona um tribunal. Isso não é indignação: é teatro. A LaLiga respeita os processos, age quando deve e não constrói narrativas. Outros, infelizmente, o fazem", concluiu.
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