Publicado 09/07/2025 09:37

Irene Paredes, a centenária indiscutível por mais de uma década

Irene Paredes comemora com Mariona Caldentey seu gol na partida Espanha-Bélgica pela Euro 2025 na Suíça.
PRENSA RFEF

MADRID 9 jul. (EUROPA PRESS) -

A zagueira e capitã da Espanha, Irene Paredes, foi uma das protagonistas da vitória de segunda-feira por 6 a 2 sobre a Bélgica, na segunda partida da campeã mundial no Grupo B do Campeonato Europeu, na Suíça, em uma partida em que ela recuperou a vaga de titular que praticamente já possuía em grandes torneios há mais de uma década.

A jogadora de Legazpi, que completou 34 anos na sexta-feira, 4 de julho, vem emprestando sua qualidade e liderança às atuais campeãs mundiais há quase 14 anos, o que a torna uma das três centenárias históricas ao lado de Alexia Putellas e Jenni Hermoso.

A jogadora de Guipúzcoa estreou na seleção sob o comando de Ignacio Quereda no final de 2011 em uma partida contra a Romênia e, desde então, tem sido uma presença constante na equipe nacional. Na verdade, ela é a única integrante do grupo na Suíça a ter jogado em todos os grandes torneios desde a classificação para o Campeonato Europeu de 2013, o primeiro grande torneio da Espanha desde 1997.

Desde então, Paredes não perdeu praticamente nenhum jogo, e a partida de abertura em Berna contra Portugal foi a terceira entre a Euro, a Copa do Mundo e as Olimpíadas de Paris. Na Eurocopa de 2013, ela foi titular em todos os quatro jogos (Inglaterra, França, Rússia e Noruega), formando uma parceria regular com Ruth García, e dois anos depois, na histórica primeira Copa do Mundo no Canadá, ela também foi titular na defesa nas partidas contra Costa Rica, Brasil e Coreia do Sul, com Marta Torrejón, com quem dividiu o vestiário nos últimos anos no FC Barcelona.

Ela também não perdeu a Euro 2017, com Jorge Vilda no banco, e jogou em todas as quatro partidas contra Portugal, Inglaterra, Escócia e Áustria, com Torrejón e Andrea Pereira como parceiras no centro. A próxima parada foi a Copa do Mundo de 2019, onde ela chegou a usar a braçadeira de capitã nos dois últimos jogos contra a China e, nas oitavas de final, contra os Estados Unidos, sendo também titular contra a África do Sul e a Alemanha, com "Mapi" León como seu parceiro no centro da defesa.

Com o jogador aragonês, com quem forma uma dupla no Barça, ela também seria inquestionável na Euro 2022, onde foi capitã e onde marcou seu primeiro gol em um grande torneio, na abertura contra a Finlândia. Ela seria titular contra a Alemanha, a Dinamarca e a Inglaterra.

A zagueira passou alguns meses ausente da "Roja" no conflito que surgiu com as 15 jogadoras que se recusaram a jogar pela seleção nacional até que houvesse melhorias estruturais, embora ela não tenha assinado essa declaração, apesar de mostrar expressamente seu apoio a essas jogadoras, Paredes retornou e fez parte da lista final para a Copa do Mundo de 2023 na Austrália e Nova Zelândia, ao contrário de León, que permaneceu firme em sua posição de não retornar.

E, mais uma vez, ela foi a líder da defesa na histórica conquista do título, onde, curiosamente, não usou a braçadeira de capitã, uma distinção que Vilda concedeu primeiro a Ivana Andrés e, mais tarde, a Olga Carmona, quando a valenciana deixou de ser a parceira da guizpucana no centro da defesa para dar lugar a Laia Codina, depois de uma primeira aparição de Rocío Gálvez na dolorosa derrota contra o Japão. Apesar disso, ela jogou todos os minutos do torneio.

Ela também não perdeu outro encontro com a história, como a "Final Four" da primeira Liga das Nações, em que a Espanha, já sob a direção de Montse Tomé, foi coroada depois de derrotar a Holanda e a França, com Paredes como titular ao lado de Codina e já como capitã. Esse novo sucesso lhes deu um passe histórico para os Jogos Olímpicos de Paris, evento em que não conseguiram entrar na lista completa de participantes.

117 JOGOS E 14 GOLS

A zagueira central foi titular na estreia da fase de grupos contra o Japão e a Nigéria, foi poupada com a classificação para as quartas de final contra o Brasil, só voltando nas agonizantes quartas de final contra a Colômbia, onde foi a heroína, marcando o gol de empate aos 96 minutos que levou o jogo para a prorrogação, depois que as campeãs mundiais estavam perdendo por 2 a 0 aos 78 minutos. Na derrota na semifinal para as brasileiras, foi substituída no início do segundo tempo e, lesionada, não jogou no revés na luta pela medalha de bronze contra a Alemanha.

Tomé surpreendeu ao não convocar Paredes para os quatro amistosos após as Olimpíadas, mas a trouxe de volta para a segunda edição da Liga das Nações, onde ela voltou a ser titular quase incontestável, entrando como substituta em apenas uma das duas partidas contra Portugal.

Como era de se esperar, a experiente zagueira entrou na lista de 23 jogadores da seleção asturiana para o Campeonato Europeu na Suíça, onde ficou de fora da primeira partida contra Portugal devido a uma suspensão nas eliminatórias. Ela voltou para a segunda partida contra a Bélgica, onde fez dupla com Laia Aleixandri e marcou novamente, com uma excelente cabeçada após um escanteio para fazer 2 a 1.

Esse foi o 14º gol internacional da jogadora de Legazpi, que agora acumula 117 partidas pela seleção e é a que mais jogou pela Espanha na história do Campeonato Europeu, um total de 13 jogos dos 14 disputados pelas atuais campeãs mundiais desde 2013. Um número que parece que continuará a aumentar na próxima sexta-feira contra a Itália no último jogo do grupo, onde parece que ela fará dupla com María Méndez para proteger a suspensa Aleixandri nas quartas de final.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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