MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
O lutador hispano-georgiano de artes marciais mistas Ilia Topuria, recém-coroado campeão dos pesos leves do UFC, confessou na sexta-feira que se considera "o melhor do mundo", porque tem "a convicção" de que pode "vencer qualquer um" com uma "preparação sólida", como "sempre", e acredita que Paddy Pimbett "seria a próxima" luta de sua carreira, embora também veja "viável" uma luta contra o russo Islam Makhachev pelo cinturão dos pesos médios.
"Com uma preparação sólida, não acho que alguém possa me vencer. Se eu fizer a mesma qualidade de preparação que fiz até agora, o que sempre será o caso, eu me considero o melhor do mundo. Tenho a convicção de que posso fazer a estratégia para vencer qualquer um", defendeu Topuria em um evento realizado em Madri, no qual apresentou a bebida MUCHO junto com Hijos de Rivera.
De fato, após sua vitória sobre o brasileiro Charles Oliveira no último sábado para conquistar o cinturão dos leves da companhia - o segundo título após o título dos penas conquistado em fevereiro de 2024 - o hispano-georgiano subiu para o número um no ranking de peso por libra do UFC. "Era algo que eu não tinha na cabeça antes da luta, nunca tive, mas o fato de ter acontecido é emocionante, eu gosto", admitiu.
O lutador de Alicante relembrou a luta contra o brasileiro no lendário T-Mobile, em Las Vegas. "Foi divertido, mostrei várias partes do meu jogo, conseguimos lutar, demonstrar habilidades no chão, a qualidade dos golpes, estou feliz", disse. "São momentos inesquecíveis, você tem a energia do mundo inteiro, todo mundo vibrando, foi demais", lembrou.
"É uma energia que não pode ser descrita em palavras. Eu me lembro da alegria que senti, você fica com muita energia. Agora, com o jet lag, é difícil me lembrar, mas foi bom", acrescentou Topuria, que confirmou que o forehand com o qual finalizou Oliveira foi treinado.
Além disso, ele não quis entrar no mérito das críticas recebidas nas redes sociais pelos últimos golpes de martelo contra Oliveira com o adversário no chão. "Não é violento, existem regulamentos e eles foram explicados para mim novamente antes. Quando algo assim acontece, até que o árbitro pare, você não pode parar", deixou claro.
E se você não terminar uma luta como essa, "algo ruim" pode acontecer. "Se naquele momento você não finalizar, o adversário der sinal de vida e o árbitro não decidir parar, pode haver danos cerebrais. Estamos preparados para esses golpes. O boxe é muito mais selvagem, não me importo com o que dizem", disse o lutador.
Para Topuria, "é um sonho realizado" conquistar dois cinturões do UFC. "Sempre me agarrei aos meus sonhos e tive fé que esse dia chegaria. Estou muito feliz e orgulhoso de todos os momentos que esses dois cinturões me permitiram viver, já vivi muitas aventuras. Eu diria às crianças para lutarem e tentarem aproveitar cada segundo, porque tudo passa muito rápido", disse ele.
"Eu tenho dois cinturões e não sei como o tempo passou, ele voou. Estou orgulhoso por ter conseguido aproveitar cada processo. Sempre tive em minha mente e em minha consciência a ideia de aproveitar, porque isso vai acontecer. Eu queria aproveitar todo o processo e consegui. Gostaria de ser lembrado como uma pessoa que luta por seus sonhos, inspiradora, quero ser útil ao mundo, somar", acrescentou.
"O BOXE É MUITO MAIS SELVAGEM DO QUE O MMA".
"Os dois cinturões são especiais, é como perguntar qual dos seus filhos você ama mais. Com o Volkanovski foi a primeira vez, com o Max Holloway foi bem especial, porque foi a primeira defesa. E com o Oliveira, minha primeira luta no peso leve pelo Campeonato Mundial, não consigo destacar nenhum deles", explicou.
Assim, ele se vê como "um dos que representam a Espanha no mundo, mas não o único", porque "há outros grandes atletas". "Quero representar a Espanha vencendo, para ser conhecido na vitória, como uma pessoa que não desiste. A Espanha produziu grandes esportistas, não seria legal da minha parte dizer 'sim, eu sou um dos melhores esportistas espanhóis da história'", refletiu.
E, além disso, ele evitou comparar seus triunfos com outras lendas da empresa, como Connor McGregor. "Não ganho para superar os resultados de ninguém, faço o que tenho que fazer, luto por meus sonhos. Se o meu tem mais mérito ou menos, não faço ideia", disse. "Sem dúvida, eu venceria McGregor em seu 'auge'. É como comparar um jogador de futebol brilhante dos anos 80 e 90 com um brilhante de hoje", disse ele sobre o irlandês.
Agora, um de seus objetivos "poderia ser o cinturão dos meio-pesados" e Makhachev "é viável". "Se dependesse de mim, no próximo sábado teríamos uma luta na Espanha pelo peso meio-médio, no primeiro round contra Islam e, no segundo, Paddy Pimblett, mas isso não depende só de mim", disse ele com uma risada.
"Se me oferecessem a luta contra Islam, eu não teria problema algum em esperar. Mas agora eu quero sentar, visualizar o que eu quero, ver qual é a visão do UFC e, juntos, podemos construir algo que sirva para os dois lados. Com Islam, prefiro que não haja peso", disse ele.
"NÃO É FÁCIL LUTAR NA ESPANHA, MAS EM 2026 ISSO PODE ACONTECER".
No entanto, ele acredita que o britânico Pimbett "seria o próximo". "É por isso que eu o promovi, foi inteligente, porque ele é um dos mais fáceis. Eu não esperaria muito tempo, porque se você entrar com tantas exigências, a luta pode nunca acontecer. Paddy está em apuros porque sou flexível", disse ele sobre seu futuro a curto e médio prazo.
E valorizou a possibilidade de defender o cinturão contra o armênio Arman Tsarukyan, "ele é o mais fácil de todos, muito mais fácil do que Paddy". "Imagine ter a oportunidade de lutar e dizer que está se aposentando porque suas costas estão doendo, não consigo conceber isso. Eu teria saído sem braço, não me importaria", disse ele sobre a desistência do lutador devido a um problema nas costas no UFC 311, quando era desafiante ao título dos leves.
"Mentalmente ele não está onde precisa estar. Ele não sabe o que fazer para limpar sua bagunça, agora ele acha que porque está falando ele vai ter a oportunidade, mas a realidade é que ele vai ficar no freezer por um 'tempinho'", brincou.
Topuria também falou sobre a possibilidade de lutar na Espanha em um futuro próximo. "Não é fácil, mas até 2026 isso pode acontecer. Agora o UFC está negociando um novo acordo para fazer isso pela 'primeira vez' na Europa, quando soubermos mais detalhes, saberemos muito mais o que podemos fazer e o que está em nossas mãos", disse ele.
"O Bernabéu seria incrível. É algo que eu quero experimentar. Eu não luto na Espanha desde 2018, provavelmente. Estou realmente ansioso para lutar na frente de todo o meu povo. Naquela época, não era nada comparado ao que é agora, e naquela época já havia uma energia especial. Gostaria que Sergio Ramos viesse comigo", acrescentou ele sobre as opções de realizar a luta na casa do time de Madri.
Por fim, o hispano-georgiano defendeu que se sente valorizado pelo UFC. "Você sempre pode pensar que eles poderiam ter feito mais por mim, mas veja tudo o que eles construíram, eles sabem muito melhor do que eu como administrar um promotor desse nível, seus resultados os apoiam. Eu me sinto muito confortável dentro da empresa, eles sempre cumpriram o que prometeram", agradeceu.
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