MADRID 20 out. (EUROPA PRESS) -
O técnico do FC Barcelona, Hansi Flick, confessou nesta segunda-feira que o clube blaugrana o "mudou completamente" e que agora ele está mais "emotivo" do que quando treinava o Bayern de Munique, e admitiu que não gosta que seus netos o vejam protestando na televisão depois de ser expulso contra o Girona FC, razão pela qual ele acredita que deve "mudar" seu comportamento.
"No 2-8 com o Bayern, no primeiro gol foi a mesma imagem que no segundo e no oitavo, disseram que eu nunca sorria. Agora estou mais emotivo, este clube me mudou completamente, porque realmente amo este clube, amo o Barcelona, amo as pessoas daqui, e dou o melhor por este clube", disse o treinador na coletiva de imprensa antes do confronto de terça-feira (21h00) contra o Olympiacos, pela fase de grupos da Liga dos Campeões.
O alemão foi expulso nos minutos finais da partida de sábado entre Barça e Girona por seus protestos contra o árbitro Gil Manzano, que explicou na ata que ele recebeu um primeiro cartão amarelo "por aplaudir" uma de suas decisões "em protesto", e um segundo "depois de ser advertido por fazer um gesto de desaprovação". No entanto, ele não recebeu um corte de manga de Flick.
O técnico, embora o clube catalão vá recorrer da decisão, em princípio não participará do clássico de domingo no Santiago Bernabéu. "Quando me vejo na televisão, não gosto. Para ser sincero, não gosto que meus netos vejam o avô deles assim, por isso tenho de mudar meu comportamento", disse ele.
Ele também se recusou a avaliar as declarações do presidente do Barça, Joan Laporta, aludindo a uma "mão branca" nas recentes decisões da arbitragem contra o FC Barcelona, referindo-se a supostos favores da arbitragem ao Real Madrid. "Estou aqui há 16 meses, vocês saberão melhor porque estão aqui há mais tempo", disse ele à mídia.
"A atmosfera nos treinos tem sido muito boa. É bom ver o espírito, é disso que precisamos. Vencer o Girona foi muito importante", acrescentou ele sobre o último jogo, e explicou que os problemas defensivos se devem ao posicionamento da equipe. "A distância entre os jogadores é muito importante. Se você estiver muito longe, terá de correr muito e dará mais tempo para o adversário jogar, e é isso que nos mata na defesa. Temos de encontrar o posicionamento correto e, a partir daí, pular, pressionar e roubar", analisou.
Agora, o adversário na Liga dos Campeões será o Olympiacos, de José Luis Mendilibar, "um dos melhores times" que eles enfrentarão na fase de grupos. "Contra o Arsenal eles tiveram grandes chances, temos que prestar muita atenção, eles jogam bem, com ideias claras, temos que ter cuidado", alertou.
Com relação aos nomes próprios, Flick vê "risco" em Ferran Torres e Raphinha jogarem nesta terça-feira, com o clássico de domingo no horizonte. "Temos que cuidar dessa situação, é uma situação difícil, mas quando eles voltarem, teremos outra situação", comentou.
Uma "boa opção" para a posição "9" é colocar Marcus Rashford, que "também pode jogar na posição '11'". E Flick abordou a situação de Marc Bernal. "Temos de cuidar dele. Não estamos convencidos de que ele esteja 100% agora. Vamos encontrar jogos em que ele possa jogar, ele também tem que melhorar nos treinos, talvez não esteja no nível certo para os grandes jogos, então temos que ajudá-lo a melhorar", disse ele.
Por fim, Flick deu sua opinião sobre a possível nova proposta de impedimento de Arsène Wenger, segundo a qual todo o corpo do atacante deve estar na frente do zagueiro para que o impedimento seja sancionado. "Não sei por que ele quer fazer isso ou mudar isso. Talvez quando ele me explicar, eu entenda melhor, mas no momento não gosto de discutir isso, talvez em dois anos seja bom", concluiu.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático