Eric Alonso / DPPI / AFP7 / Europa Press
MADRID 29 dez. (EUROPA PRESS) -
DAZN estreia nesta segunda-feira 'Bravissimo', um documentário original que celebra o vigésimo aniversário do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2005, a temporada em que Fernando Alonso se tornou o primeiro espanhol campeão mundial da categoria, um feito revisto através dos testemunhos de grandes protagonistas como Flavio Briatore, Giancarlo Fisichella e o próprio Alonso, um ano que marcou um antes e um depois tanto para o piloto como para a Fórmula 1 na Espanha.
Duas décadas depois, Alonso relembra aquele ano com um olhar calmo, ciente de que tudo mudou naquela época. "Foi o primeiro ano da minha carreira em que cheguei a cada Grande Prêmio com a pressão real de conseguir um resultado. Eu estava indo corrida a corrida tentando fazer o meu melhor, mas em 2005 cheguei com um objetivo muito específico, pela primeira vez eu estava no modo campeonato".
Uma mudança de mentalidade que se tornou um dos pontos centrais da temporada. Alonso explica como a Fórmula 1 daquela época exigia uma leitura constante da corrida e uma capacidade de adaptação que não existe mais hoje. "Os regulamentos eram muito diferentes dos atuais. Tínhamos apenas um conjunto de pneus e um conjunto de reabastecimento, o que obrigava você a inventar estratégias. Todo domingo você tinha que prever muitas coisas. Isso tornava tudo muito mais emocionante.
Por sua vez, o diretor da equipe Renault na época, Flavio Briatore, oferece uma das percepções mais reveladoras sobre a dimensão daquele ano: "Foi o momento em que todos realmente conheceram Fernando Alonso. Não apenas pelo fato de ele ter vencido o Campeonato Mundial, mas pela forma como ele o venceu. Fizemos isso com autoridade.
O italiano também relembra as dúvidas que cercaram a oferta por Alonso e como ele nunca compartilhou desse ceticismo. "Ele substituiu um campeão mundial e muitos o criticaram por ser jovem e inexperiente, mas eu acreditei nele. Eu tinha certeza de que ele era especial. Com o tempo, você percebe que ele não era especial, ele era mais do que isso.
De dentro da equipe, seu companheiro de equipe Giancarlo Fisichella acrescenta contexto e equilíbrio à história. O piloto italiano relembra seu retorno à Renault e a sensação que havia no ar desde o início. "Nos primeiros testes de inverno, já percebemos que o carro era muito forte. Já nas primeiras corridas pudemos ver que poderíamos realmente lutar, mesmo contra a Ferrari e a McLaren".
Por sua vez, Alonso se lembra daquela luta como um duelo com as McLarens, que eram "muito rápidas", até mais rápidas do que eles, embora com "problemas de confiabilidade". "Minha preocupação era aproveitar todas as oportunidades, porque sabíamos que haveria fins de semana em que perderíamos pontos", diz ele.
A história culmina com a conquista do título e a dimensão histórica dessa conquista, que transcendeu o aspecto esportivo. "Em 2005, não ganhamos apenas uma Copa do Mundo. Também fizemos a Espanha descobrir a Fórmula 1", conclui Briatore.
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