Publicado 16/09/2025 16:20

CTA sobre a expulsão de Huijsen: "A sanção mais apropriada teria sido um cartão amarelo".

Dean Huijsen, do Real Madrid CF, vê o cartão vermelho durante a partida de futebol da Liga Espanhola, LaLiga EA Sports, disputada entre Real Sociedad e Real Madrid na Reale Arena em 13 de setembro de 2025, em San Sebastian, Espanha.
Dennis Agyeman / AFP7 / Europa Press

MADRID 16 set. (EUROPA PRESS) -

O Comitê Técnico de Árbitros (CTA) da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) reconheceu que "a sanção mais apropriada" na ação que terminou com a expulsão de Dean Huijsen na partida entre Real Sociedad e Real Madrid em Anoeta teria sido um cartão "amarelo", embora acredite que o VAR "agiu corretamente" ao não corrigir a decisão do árbitro Jesús Gil Manzano por entender que não foi um erro "claro, óbvio e manifesto".

A porta-voz da CTA, Marta Frías, explicou tudo o que aconteceu no programa "Tiempo de Revisión", publicado pela organização após a partida. "Essa jogada nos mostra a diferença entre um ataque promissor e uma chance óbvia de gol. O conceito-chave é que a interpretação da presença e da distância de um segundo defensor pode mudar o pênalti", disse ela.

O zagueiro do Madrid foi expulso aos 32 minutos do jogo em Donosti depois de fazer uma falta em Mikel Oyarzabal, que o árbitro considerou ser uma oportunidade óbvia de gol; o time de Xabi Alonso protestou contra a decisão alegando que Éder Militão estava próximo e, portanto, não era o último homem.

"O árbitro mostra um cartão vermelho direto por considerar que uma oportunidade óbvia de gol foi desperdiçada. A ação apresenta dois cenários possíveis, dependendo de um segundo defensor do Real Madrid, que foi fundamental na jogada. Se considerarmos que ele poderia ter disputado a bola, a sanção apropriada seria um cartão amarelo por um ataque promissor. Se, como interpretou o árbitro, a distância impossibilitou tal disputa, seria uma oportunidade óbvia de gol, punível com expulsão. Esses dois cenários são passíveis de interpretação", analisou Frías.

Ele também revelou a opinião do CTA. "Portanto, este comitê entende que não foram cumpridas 100% das condições necessárias para o DOGSO - Denying an Obvius Goal Scoring Opportunity - e que a sanção mais apropriada teria sido um cartão amarelo", disse.

"No que diz respeito ao VAR, vale a pena lembrar que apenas erros claros, óbvios e manifestos estão envolvidos. Essa jogada se enquadra no que chamamos de áreas cinzentas, aquelas que podem ser interpretadas de mais de uma maneira. Portanto, a decisão deve estar nas mãos do árbitro principal, e o VAR agiu corretamente", destacou.

Por outro lado, o CTA também analisou a não autorização do gol de Sergi Altimira na partida entre Levante e Real Betis devido a uma falta anterior. "Se uma falta ocorre antes de a bola entrar em jogo, ela pode invalidar toda a ação. Na área do Levante, há um empurrão pouco antes da cobrança de um escanteio. A jogada termina com um gol do Betis e a intervenção do VAR", disse ele.

"Dois elementos são mostrados no monitor. Primeiro, a possível falta, para que o árbitro em campo possa decidir se ela é punível e se o empurrão faz com que o defensor perca sua posição. Em segundo lugar, que a bola não estava em jogo naquele momento e, portanto, o escanteio deve ser cobrado novamente. É nesse segundo ponto que podem surgir dúvidas, mas o protocolo do VAR é claro: se, antes de a bola ser colocada em jogo, um atacante cometer uma falta clara e óbvia em um defensor que o impeça de cumprir sua função, o VAR chama o árbitro ao monitor para julgar a ação", disse ele.

"A chave para essa jogada é que o Levante defendeu o escanteio com um jogador a menos e sofreu um gol. O procedimento da sala do VOR foi, portanto, perfeitamente aplicado", esclareceu.

Por fim, ele analisou uma falta cometida por Dani Calvo, do Real Oviedo, sobre o atacante Borja Mayoral, do Getafe, que não foi punida com cartão. "Essa jogada nos ajuda a explicar a diferença entre um desarme forte e uma falta grave", disse ele.

"Um jogador do Oviedo entra em um adversário do Getafe e a ação é sancionada como uma falta sem cartão. O contato principal é na superfície da chuteira e com uma intensidade não muito alta, o que permite que o defensor fique de pé e controle a ação. A melhor decisão teria sido uma falta e um cartão amarelo, mas não um cartão vermelho. O VAR fez bem em deixar a decisão para o árbitro principal, pois não foi uma falta grave, o que teria levado a um cartão vermelho", concluiu.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

Contador